Confiança do empresário do comércio paulistano volta a subirApós dois meses consecutivos de estabilidade, a confiança do empresário do comércio paulistano voltou a crescerEm agosto, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou alta de 1,1%, ao passar de 104,0 pontos em julho para 105,2 pontos no mês atual. Na comparação com agosto do ano passado, o índice cresceu 20,2%. Apurado mensalmente pela FecomercioSP, o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). A elevação da confiança do empresariado paulistano em agosto foi motivada pelo aumento de 1,1% nas empresas com até 50 funcionários, passando dos 103,8 pontos em julho para 104,9 pontos em agosto; em detrimento da leve queda (-0,3%) na confiança dos empresários de companhias com mais de 50 colaboradores, que passou dos 116,6 para os atuais 116,3 pontos. Na comparação com agosto de 2016, tanto pequenas quanto grandes empresas apresentaram altas, de 19,9% e 33,6%, respectivamente. Desde abril e maio do ano passado, a FecomercioSP observa uma mudança positiva de humor, parcialmente interrompida no início do ano por aspectos sazonais. Após nova retomada em março, abril e maio, os empresários do comércio parecem ter entrado em compasso de espera ao fim da primeira metade do ano. O início do segundo semestre (julho e agosto) mostra a força do otimismo de empresários paulistanos diante de mais um episódio da crise política recente no País. De acordo com a FecomercioSP, o resultado de agosto denota a sexta alta consecutiva nas percepções médias atuais, o crescimento nas expectativas depois de três quedas seguidas, e a maior propensão por novos investimentos por parte dos empresários. A redução da inflação e as quedas dos juros e do desemprego levaram à estabilização da renda, decisivo para a percepção de melhoria da capacidade de consumo das famílias, o que, consequentemente, melhorou o ritmo das vendas no comércio e, assim, a confiança dos empresários (AI/FecomercioSP). |
Copom em reunião, e mercado espera que juros caiam para 8,25% ao anoO Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou ontem (5), em Brasília, a sua sexta reunião do ano com a expectativa de nova redução na taxa básica de juros, a Selic. Instituições financeiras consultadas pelo BC esperam por mais um corte de 1 ponto percentual (pp) nos atuais 9,25% ao ano para 8,25%. Neste ano, o Copom tem mais duas reuniões em outubro e dezembro. Para o mercado financeiro, a Selic continuará a ser reduzida e encerrará 2017 em 7,25% ao ano. Ontem, excepcionalmente, a dinâmica da reunião foi diferente, por questões de agenda da diretoria do BC, informou a assessoria de imprensa da instituição. A primeira parte da reunião, com análise de mercado, teve inicio às 9h03 e foi encerrada por volta das 13h. A segunda parte, com análise de conjuntura, que seria realizada ontem à tarde, foi adiada para hoje (6), pela manhã. Já o encontro da tarde não sofreu alteração e se encerrará às 18h, para, em seguida, ser anunciada a decisão sobre taxa Selic. A taxa Selic vem sendo reduzida desde outubro do ano passado, quando passou de 14,25% para 14% ao ano. Em novembro, houve mais um corte de 0,25 pp, seguido por reduções de 0,75 pp em janeiro e em fevereiro. Em abril, o Copom acelerou o ritmo de cortes para 1 pp. Assim, nas duas últimas reuniões de maio e julho, a Selic também foi reduzida em 1 pp. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. Para o mercado financeiro, a inflação está sob controle, abaixo do centro da meta de 4,5%, o que permite a continuidade dos cortes na Selic. A previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 3,38% este ano e 4,18%, em 2018 (ABr). | Indústria cresce 0,8% entre junho e julhoA produção industrial brasileira cresceu 0,8% na passagem de junho para julho. Esta é a quarta alta consecutiva do indicador nesse tipo de comparação. Na passagem de maio para junho, o aumento havia sido de 0,2%. Os dados, da Pesquisa Mensal Industrial – Produção Física (PIM-PF), foram divulgados ontem (5) pelo IBGE. Na comparação com julho de 2016, a indústria cresceu 2,5% e, no acumulado do ano, avançou 0,8%. No entanto, no acumulado de 12 meses, a produção da indústria acumula queda de 1,1%. Na passagem de junho para julho, as quatro grandes categorias econômicas tiveram alta: bens de consumo duráveis (2,7%), bens de consumo semi e não duráveis (2%), bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos (1,9%), e bens intermediários, isto é, insumos industrializados para o setor produtivo (0,9%). Nesse mesmo tipo de comparação, foram observadas altas em 14 das 24 atividades industriais pesquisadas. O destaque ficou com os produtos alimentícios, que, com um crescimento de 2,2% na produção, tiveram o maior impacto na indústria nacional no período. Em seguida, aparecem as atividades de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (1,9%) e equipamentos de informática e produtos eletrônicos (5,9%). Entre as dez atividades em queda, os destaques ficaram com as indústrias extrativas (-1,5%), perfumaria e produtos de limpeza (-1,8%) e metalurgia (-2,1%) (ABr). Pesquisa conclui que varejo deve continuar crescendoApesar do momento político instável, o cenário no varejo é de otimismo. A percepção foi comprovada durante o Latam Retail Show 2017, realizado entre os dias 29 e 31 de agosto. Em pesquisa feita com 700 congressistas, de 20 estados brasileiros, entre eles 31% proprietários, acionistas ou CEOs, 15% VPs ou diretores e outros 26% de gerentes das empresas mais importantes do país, 10% esperam continuar crescendo entre 2017 e 2018. Os entrevistados afirmaram que esperam contratar mais em 2018 (75%), destes, 77% são varejistas, 51% do segmento de shopping centers e outros 77% dos setores de serviços, financeiros ou outras. De acordo com o levantamento, 43% das empresas respondentes vão crescer mais de 11% em 2017, porém com redução de 14% em vendas. O cenário de contratação aponta um aumento de 42% de aumento em 2017 e uma expectativa de ampliação do mercado de trabalho da ordem de 75% no próximo ano. Para Eduardo Yamashita, sócio-diretor da GS&Inteligência e responsável pelo levantamento “há otimismo em 2017 e muito mais em 2018. O foco dos empresários e executivos está claramente nos investimentos em vendas, marketing, processos e na implementação de novos canais digitais, principalmente. A geração de empregos, renda e a confiança do consumidor deve contribuir mais, mesmo em um cenário político um pouco conturbado”. |