Pedidos de recuperações judiciais batem recordeO número de recuperações judiciais requeridas no primeiro quadrimestre de 2016 foi 97,6 % superior ao registrado no mesmo período do ano passado, revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Foram 571 ocorrências contra 289 apuradas. O resultado é o maior para o acumulado do primeiro quadrimestre desde 2006, após entrada em vigor da Lei de Falências. As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial com 327 pedidos, seguidas pelas médias (149) e pelas grandes empresas (95). Na análise mês a mês, o Indicador verificou aumento de requerimentos de recuperação judicial em abril/2016, em relação a março/2016, alta de 2,5% (162 em abril contra 158 em março). Já na comparação entre abril/2016 e abril/2015 a alta foi de 65,3%, de 98 para 162. Na verificação mensal de abril, as MPEs também ficaram na frente com 98 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 40, e as grandes com 24. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o prolongamento e a ampliação do atual quadro recessivo da economia brasileira aliada à elevação dos custos operacionais e financeiros tem levado a recordes consecutivos dos requerimentos de recuperações judiciais. Nos quatro meses do ano foram realizados 523 pedidos de falências no país, um aumento de 4,0% em relação a igual período de 2015, quando foram registrados 503. Do total de requerimentos de falência efetuados de janeiro a abril de 2016, 271 foram de micro e pequenas empresas ante 264 em igual período de 2015. 130 foram de médias empresas (em igual período do ano passado, 110) e 122 pedidos de grandes empresas (em 2015, 129). |
Aumento do custo de vida foi maior nas classes A e BO custo de vida na região metropolitana de São Paulo subiu 0,51% em março, pressionado pela alta nos preços de alimentação e bebidas. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 9,84%. Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela FecomercioSP. O grupo de Alimentação e Bebidas (1,44%) foi o que mais impactou para o aumento do custo de vida em março, já que, sozinho, respondeu por 63% da alta registrada. Os principais aumentos de preços no varejo foram registrados nos itens mamão (38,97%), uva (27,56%), cenoura (17,15%), couve (13,99%), tangerina (9,70%) e pescada (7,99%). No mês, os grupos Artigos do Lar (1,42%) e Vestuário (1,41%) também colaboraram para elevar o custo de vida. Dos nove grupos que compõem a CVCS, três apresentaram queda de preços no mês: Comunicação (-1,9%), Habitação (-0,3%) e Transportes (-0,06%). As classes B e A foram as que mais sentiram a alta do custo de vida, com aumentos de 0,60% e 0,55% do CVCS, respectivamente; na classe C, o aumento foi de 0,50%, enquanto nas E e D, a elevação foi de 0,37% em ambas. Para a assessoria econômica da FecomercioSP, a valorização do real frente ao dólar tende a continuar favorecendo, mesmo que de forma tímida, a redução dos custos de algumas cadeias produtivas. Além disso, a retração da atividade econômica e o aumento do desemprego estão segurando a alta de preços e levando à desaceleração da inflação. Por outro lado, nota-se ainda forte alta de preços em produtos in natura, o que tende a pressionar o orçamento de quem procura uma alimentação mais saudável. | Em abril, entrada de dólares no país superou saídaDepois de dois meses seguidos de saldo negativo, mais dólares entraram do que saíram do país em abril. O saldo positivo do fluxo cambial ficou em US$ 6,515 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem (4) pelo Banco Central (BC). A maior parte do resultado positivo veio do fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações), com US$ 6,017 bilhões. O fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimento direto no país, entre outras operações) ficou positivo em US$ 498 milhões no mês passado. Nos quatro meses do ano, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 3,847 bilhões. O fluxo comercial registrou saldo positivo de US$ 13,045 bilhões e o comercial, resultado negativo de US$ 16,892 bilhões (ABr). |