Atividade do comércio abre 2016 com queda de quase 10%De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas de todo o país caiu 9,6% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado Foi a maior retração interanual do comércio varejista desde o tombo de 11,2% observado em abril de 2002. Em relação ao mês de dezembro do ano passado, já efetuados os ajustes sazonais, a retração da atividade varejista em janeiro de 2016 foi de 1,1%. Segundo os economistas da Serasa Experian, a forte retração do movimento dos consumidores no comércio neste primeiro mês do ano prenuncia que, a exemplo do que foi o ano passado, 2016 deverá ser mais um ano de dificuldades para a atividade varejista. Juros altos, desemprego em ascensão e inflação elevada, que afetaram negativamente o comércio no ano passado, ainda continuarão presentes em boa parte do ano de 2016. Excetuando-se o segmento de combustíveis e lubrificantes, que cresceu 3,8%, todos os demais segmentos do varejo nacional também registraram retração: veículos, motos e peças (-20,4%); tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-15,3%); móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (-13,1%); supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-6,7%); material de construção (-2,4%). |
Saques da poupança bateram recorde em janeiroOs saques da poupança superaram os depósitos em R$ 12,03 bilhões, em janeiro. É a maior retirada líquida mensal registrada na série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. Em janeiro de 2015, também houve retirada líquida, mas o resultado negativo foi menor: R$ 5,52 bilhões. No mês passado, os clientes bancários sacaram R$ 161,59 bilhões. Os depósitos chegaram a R$ 149,56 bilhões. Os rendimentos da poupança ficaram em R$ 4,08 bilhões e o saldo total depositado nos bancos chegou a R$ 648,64 bilhões. Em 2015, a poupança registrou a maior retirada líquida. O saldo negativo ficou em R$ 53,56 bilhões. O Banco Central não registrava retirada líquida anual desde 2005 (R$ 2,72 bilhões). A poupança tem perdido atratividade devido à taxa básica de juros, a Selic, mais alta, o que torna outras aplicações mais atraentes. Outro fator é a inflação mais alta do que a remuneração da poupança. A poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial, tipo de taxa variável. A taxa básica de juros, a Selic, está em 14,25% ao ano e o INPC amplo chegou a 10,67% em 2015 (ABr). | Participantes readmitidos em consórcios não pagam mais multasParticipantes readmitidos em consórcios não precisarão mais pagar multas rescisórias. A medida foi divulgada pelo Banco Central (BC), com a edição de circular que aprimora a regulamentação do sistema de consórcio. A circular entra em vigor em 1º de julho de 2016. “A nova regra deixa de forma explícita a possibilidade de readmissão de consorciado excluído não contemplado no respectivo grupo, prevendo, entre outras regras, a desconsideração de eventuais multas rescisórias impostas por ocasião da exclusão”, diz o BC, em nota. Entretanto, a readmissão do participante será definida pela administradora Para o BC, a medida preserva a poupança já feita pelo participante e reduz custos operacionais de administração de grupos de consórcio, podendo contribuir para a diminuição das taxas de administração. Outra alteração é que passa a ser admitida qualquer forma de manifestação “expressa e inequívoca de o consorciado comunicar a sua desistência de participação no grupo de consórcio, de forma similar ao procedimento de contratação”. Além disso, informou o BC, foi estabelecida a obrigatoriedade de elaboração pelas administradoras de consórcio, previamente à realização da assembleia de constituição do grupo de consórcio, de relatório específico que comprove a viabilidade econômico-financeira e a compatibilidade entre o valor da taxa de administração cobrado antecipadamente e as despesas imediatas de vendas de cotas (ABr). |