Produção industrial sobe 0,1% em abril, mostra IBGEA produção industrial brasileira fechou o mês de abril com ligeira alta de 0,1% em relação ao mês de março, na série livre de influências sazonais É o segundo resultado positivo consecutivo, pois em março o setor registou crescimento de 1,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem (2) pelo IBGE. De maneira geral, no entanto, os resultados são predominantemente negativos. Na comparação com abril do ano passado, a queda chega a 7,2%, na série sem ajuste sazonal – 26ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, embora menor que a observada em março (-11,5%). No índice acumulado nos últimos doze meses, a queda chega a 9,6%. A queda acumulada de 10,5% na produção industrial acumulada nestes quatro primeiros meses do ano, em relação a igual período do ano anterior, também mostra a predominãncia de taxas negativas. Segundo o IBGE, a leve alta de 0,1% de março para abril mostra taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. No que se refere aos setores, os principais impactos positivos foram em produtos alimentícios (4,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%). Entre os 13 ramos que tiveram a produção reduzida, estão os de maior relevância sobre a média global da indústria: veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,9%). Em relação às grandes categorias econômicas, ainda em relação a março, bens de capital mostrou a expansão mais acentuada em abril, com crescimento de 1,2% – quarta taxa positiva consecutiva, acumulando no período aumento de 7,7%. O segmento de bens intermediários também ampliou a produção em abril, ao crescer 0,5% sobre o mês de março. Já os setores de bens de consumo duráveis apresentaram queda de um mês para outro. No caso de bens de consumo duráveis, a queda foi de 4,4% e, no de bens de consumo semi e não duráveis, de 0,6% (ABr). |
Emprego na indústria cai pelo 15º mês consecutivoO emprego na indústria caiu 0,5% em abril frente a março, na série livre de influências sazonais. Foi o 15º mês consecutivo de queda no indicador, que reflete o ciclo recessivo do setor. Em abril, a indústria teve a maior ociosidade em 14 anos e operou, em média, com 76,9% da capacidade instalada, uma queda de 0,3 ponto percentual em relação a março. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). As horas trabalhadas na indústria ficaram praticamente estáveis em abril, com alta de apenas 0,3% frente a março, excluídos os efeitos sazonais. No entanto, o indicador está 8,6% menor que o medido em abril de 2015. O faturamento do setor retraiu 0,6% em abril ante março, de acordo com dados dessazonalizados. Apesar do fraco desempenho do setor, a massa salarial e o rendimento médio dos trabalhadores cresceram no período. A massa salarial, que aumentou 0,4% em abril ante março na série livre de influências sazonais, teve a primeira alta após nove meses consecutivos de queda. Já o rendimento médio aumentou 1,1% na mesma comparação. Na comparação com abril do ano passado, os indicadores estão ainda mais negativos. O emprego está 8,7% menor, o faturamento está 9,9% inferior e a utilização da capacidade instalada ficou 2,8 pontos abaixo de abril de 2015. | Frio pode ajudar vendas do Dia dos NamoradosA Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base em seus últimos indicadores de varejo, prevê uma forte queda nas vendas de Dia dos Namorados na comparação com o ano passado. Mas destaca que o segmento de vestuário pode ter um bom desempenho caso as temperaturas fiquem baixas, impulsionando as vendas de itens da moda outono-inverno. De acordo com Alencar Burti, presidente da ACSP, o recuo deve ocorrer, sobretudo, porque os fatores macroeconômicos que derrubam a economia permanecerão adversos. “O Dia dos Namorados é uma data em ascensão, mas muito voltada para os presentes de menor valor, comprados à vista. Bijuterias, sapatos, cosméticos, perfumes, bolsas, adereços e roupas serão os produtos de maior popularidade”, diz. A queda dos salários combinada com a escassez e encarecimento de crédito contribuem para a preferência pelos itens de menor valor, pagos à vista, em detrimento dos produtos parcelados. Aos lojistas, ele aconselha utilizar bastante o fator preço para atrair a atenção do consumidor e ser criativo no marketing. “O conceito de namorado é muito elástico hoje em dia, indo desde os ficantes até os casados, passando por várias outras formas de relacionamento. Portanto, o atendimento tem que ser cuidadoso também”, finaliza Burti (ACSP). |