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Economia 03/06/2015

em Economia
terça-feira, 02 de junho de 2015

 

Plano Safra disponibiliza R$187,7 bilhões para produtores rurais
 

Ministra da Agrícultura, Kátia Abreu, no lançamento do Plano Agricola 2015-2016.

O Plano Safra 2015/2016 vai disponibilizar R$187,7 bilhões em recursos, sendo R$ 149,5 bilhões para financiamento de custeio e comercialização e R$ 38,2 bilhões para os programas de investimento

O valor é 20% maior que o da safra anterior, de R$ 156,1 bilhões. O novo Plano Agrícola e Pecuário foi anunciado ontem (2) pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em cerimônia no Palácio do Planalto.
Dos recursos para custeio, R$ 94,5 bilhões poderão ser financiados com juros controlados. No crédito para investimento, R$ 33,3 bilhões estão nessa modalidade. As taxas de juros anuais para a safra 2015/2016 serão de 8,75% para os empréstimos de custeio. Para os programas de investimentos, a taxa vai variar de 7% a 10,5% ao ano. Na safra 2014/2015, a taxa média de juros para o setor foi 6,5%.
Para os produtores beneficiados pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), os juros serão de 7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimentos. Os demais recursos do Plano Safra serão disponibilizados para financiamento a taxas de juros livres do mercado.
Para a próxima safra, o limite de financiamento de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 1,1 milhão para R$ 1,2 milhão, enquanto o destinado à modalidade de comercialização passou de R$ 2,2 milhões para R$ 2,4 milhões para a próxima safra. O limite de R$ 385 mil por produtor nos créditos de investimento ficou mantido (ABr).

Produção industrial do país caiu 1,2% em abril

Houve recuo de 23,2% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias.
 A produção industrial nacional recuou 1,2% em abril de 2015, em comparação a março, na série com ajuste sazonal. O ajuste sazonal ocorre quando os técnicos descontam o aumento das vendas de produtos em feriados ou datas comemorativas. Os dados foram divulgados ontem (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e constam da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o total da indústria caiu 7,6% em abril de 2015, décima quarta taxa negativa consecutiva. A produção industrial acumulou nos quatro primeiros meses do ano queda de 6,3%. Já o acumulado nos últimos 12 meses teve o resultado negativo de 4,8%, mais intenso desde dezembro de 2009 (-7,1%) e manteve trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).
Ao fechar abril deste ano com retração de 7,6% frente a igual mês do ano passado, a indústria brasileira registra o 14º resultado negativo consecucivo. Segundo o IBGE, a queda tem perfil disseminado de resultados negativos. De acordo com o IBGE, houve recuo de 23,2% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias. Tal queda exerceu a maior influência negativa sobre a indústria (ABr).

A taxa de desemprego segue em alta em maio

A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas acompanhadas pela PME/IBGE deve ficar em 6,5% em maio, segundo a projeção Catho-Fipe. Esse valor é 1,6 ponto percentual maior do que o registrado em maio de 2014. Esse número representa o maior aumento da taxa de desemprego com relação ao resultado do mesmo mês do ano anterior desde dezembro de 2003. Nem na crise de 2008-2009 a deterioração do mercado de trabalho no período de 12 meses foi tão grande.
Além do aumento esperado da taxa de desemprego, segundo a Fipe e a Catho, nota-se que o salário médio de admissão registrou queda de 1,4% na comparação livre de efeitos inflacionários entre abril de 2015 e abril de 2014. A ‘Pressão Salarial’ média dos últimos 3 meses também sofreu nova redução, atingindo 0,896 em abril. Isso mostra que os novos admitidos estão sendo contratados por um salário 10,4% menor se comparado àqueles que deixaram seus empregos. Esse movimento de piora nos salários e na pressão salarial é consistente com a piora que se espera para a taxa de desemprego. 

Construir em São Paulo ficou mais caro

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil no estado de São Paulo subiu 2,09% em maio, nas obras incluídas na política de desoneração fiscal sobre a folha de pagamento. No acumulado desde janeiro, a alta alcança 2,99% e, nos últimos 12 meses, 7,06%. O metro quadrado foi avaliado em R$ R$ 1.120,57. Os dados são do SindusCon-SP.
Esse resultado ficou bem acima do registrado em abril, quando o CUB registrou alta mensal de 0,36% no mês e 6,6% em 12 meses. No período, ocorreram reajustes tanto de materiais, com alta de 0,23% quanto da mão de obra, que teve aumento de 3,43%. Em nota, o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, justificou que “a alta nos custos com mão de obra já reflete os reajustes salariais definidos pelas convenções coletivas assinadas em maio com os sindicatos dos trabalhadores da capital paulista e de outros 12 municípios do estado” (ABr).