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Economia 02/06/2016

em Economia
quarta-feira, 01 de junho de 2016

IPC-S desacelera e fecha maio com variação de 0,64%

No acumulado do ano, a taxa atingiu aumento de 4,23%, e, nos últimos 12 meses, 9,15%.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou o mês de maio com variação de 0,64%

O resultado é 0,04 ponto percentual menor do que o constatado na apuração da terceira prévia, mas está 0,15 ponto percentual acima do registrado no fechamento de abril (0,49%). No acumulado do ano, a taxa atingiu aumento de 4,23%, e, nos últimos 12 meses, 9,15%. O levantamento é feito pelo Ibre/FGV e se refere à pesquisa de preços nas seguintes capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
Três dos oito grupos pesquisados tiveram decréscimo, com destaque para saúde e cuidados pessoais (de 2,16% para 1,36%), que reflete a perda de força do reajuste dos medicamentos (de 5,94% para 2,83%). Em alimentação, o índice passou de 0,90% para 0,77% sob o efeito das frutas cujos preços estão subindo mais lentamente (de 3,67% para 1,03%). No grupo transportes, foi verificada queda de 0,42%, um pouco mais expressiva do que o recuo anterior (-0,22%).
Em comunicação, o índice permaneceu em 0,29%. Nos demais grupos ocorreram avanços: em habitação (de 0,48% para 0,77%), despesas diversas (de 2,67% para 3,65%), educação, leitura e recreação (de -0,24% para -0,13%) e vestuário (de 0,51% para 0,65%) . Os itens de maior impacto inflacionário foram: cigarros (6,44%); tarifa de eletricidade residencial (0,82%); batata-inglesa (26%); taxa de água e esgoto residencial (1,68%) e refeições em bares e restaurantes (0,38%).
Entre os itens que mais ajudaram a conter a alta estão: etanol (-6,89%); cenoura (-24%); tangerina ou mexerica (-6,70%); gasolina (0,01%) e banana-prata (-1,19%) (ABr).

Importação de vestuário tem queda histórica

Segundo balanço da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), houve queda de 60%, em toneladas, nas importações de vestuário em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi a maior queda registrada desde janeiro de 2000. Os produtos chineses foram responsáveis por 50% do total. Já nas exportações, o índice continua negativo, porém alguns setores já mostram forte aumento no volume exportado, como é o caso de cama, mesa e banho (aumento de 43 %), vestuário (11%), tecidos (29,5%), filamentos (12,8%) e fios (137%).
Ainda sob influência da desvalorização cambial, mas já evidenciando a queda nas importações, a balança comercial teve melhora no déficit, saindo de U$ 2,1 bilhões negativos para US$ 1 bilhão de jan-abril/16 contra mesmo período do ano anterior.
A produção física, que ainda não inclui o mês de abril, mostra que o segmento têxtil caiu 15,9% e o de confecção retrocedeu 11,4% no acumulado de jan-mar/16 em comparação a jan-mar/15. Somente no mês de março, o segmento têxtil e o de vestuário apresentaram queda de 15,7% e 8,6%, respectivamente.
No acumulado do trimestre, o volume de vendas caiu 12,9% e a receita nominal recuou 7,6%. Apenas no mês de março, a queda foi de 14,1% em volume de vendas e de 8,6% na receita nominal. O Setor Têxtil e de Confecção reduziu significamente o número de demissões em abril/16 em comparação a abril/15, reduzindo de 5.149 postos fechados para somente 633 demissões. Na pesquisa conjuntural mensal da Abit, 72% dos empresários irão manter o número de funcionários nos próximos meses e 7% irão começar a contratar em junho (ABIT).

Economia teve retração de 0,3% no primeiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou o primeiro trimestre do ano em queda de 0,3% na série sem ajuste sazonal. No ano passado, o PIB havia fechado em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica, que começou em 1996. Os dados relativos aos três primeiros meses da economia brasileira foram divulgados ontem (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda do PIB no primeiro trimestre reflete retrações em todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 2,7%, na comparação com o trimestre anterior. Em seguida vem a indústra com -1,2%, a agropecuária com -0,3 e serviços com queda de 0,2%. Por sua vez, o consumo das famílias fechou com retração de 1,7% e o do governo em 1,1% (ABr).