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Economia 02/06/2015

em Economia
segunda-feira, 01 de junho de 2015

Inflação medida pelo IPC-S registra alta de 8,63%
 

O aumento foi influenciado, principalmente, pelo reajuste do valor dos jogos de loteria, que teve alta de 20,62%.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou o mês de maio com taxa de 0,72%, o que representa um avanço de 0,04 ponto percentual em relação ao resultado da terceira prévia do mês (0,68%)

No acumulado, desde janeiro, o índice apresenta alta de 5,55% e, nos últimos 12 meses, 8,63%. O levantamento é do Ibre da FGV, com base nas variações de preços em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.
O ritmo de alta dos preços de maio superou à da terceira prévia em três dos oito grupos pesquisados com destaque para despesas diversas, que subiram de 0,66% para 2,67%. O aumento foi influenciado, principalmente, pelo reajuste do valor dos jogos de loteria, que teve alta de 20,62%. Em habitação, a taxa aumentou de 0,74% para 0,81% ainda sob o efeito da tarifa de energia elétrica, que subiu de 1,93% para 2,07%. No grupo alimentação, houve elevação de 0,82% sobre uma alta de 0,76%. Entre os itens alimentícios que ficaram mais caros estão as hortaliças e legumes (de 7,87% para 9,58%).
Já em comunicação ocorreu queda de 0,07%, ante 0,05%. A queda decorreu, em parte, da variação do preço da mensalidade para os serviços de internet. Essa mensalidade elevou-se em 0,27%, na pesquisa anterior, e, nesta, ficou praticamente estável com taxa de 0,01%. Nos demais grupos, os reajustes perderam força. Em saúde e cuidados pessoais, a taxa passou de 1,51% para 1,21%, influenciado pela baixa nos medicamentos em geral (de 3,27% para 1,92%). No grupo transportes, houve alta de 0,09% sobre um aumento de 0,12% com destaque para a queda na tarifa de ônibus urbano (de -0,04% para -0,27%).
Os cinco itens de maior influência inflacionária foram: tarifa de energia elétrica (2,07%); jogo lotérico (20,62%); tomate (17,47%); cebola 32,26%; refeições fora de casa (0,72%. Em sentido oposto, os itens que mais reduziram a pressão inflacionária foram: tangerina (-28,82%); mamão papaya (-13,94%); alface (-7,14%); tarifa de telefone residencial (-0,87%) e laranja-pera (-6,25%) (ABr).

Selic deve subir pela sexta vez seguida esta semana

Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia.
 

A estimativa é de analistas do mercado financeiro que projetam mais uma alta de 0,5 ponto percentual, com a taxa em 13,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano. Na opinião do mercado financeiro, ao final de 2015, a Selic deve ficar em 14% ao ano. A reunião do Copom, responsável por definir a Selic, está marcada para hoje (2) e amanhã (3). Na avaliação dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo BC, a inflação, medida pelo IPCA, deve chegar a 8,39%, em 2015. Essa projeção sobe há sete semanas seguidas.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. Para o mercado financeiro, a economia deve ter retração de 1,27%, este ano. A estimativa da semana passada para o PIB estava em queda de 1,24%. Essa foi a segunda piora consecutiva na projeção.
A pesquisa do BC para indicadores econômicos também mostra que dólar deve chegar a R$ 3,20 no final deste ano e a R$ 3,30 no fim de 2016. A expectativa para a inflação medida pelo IGP-DI permanece em 7,03%, este ano, e em 5,50%, em 2016. Para o IGP-M, a estimativa passou de 6,97% para 6,87%, este ano, e segue em 5,50%, em 2016. A estimativa da inflação medida pelo IPC-Fipe foi ajustada de 8,33% para 8,17%, este ano, e segue em 5,10%, em 2016. A projeção para os preços administrados subiu de 13,7% para 13,9%, este ano, e de 5,84% para 5,8%, em 2016 (ABr).

 

Caiu o número de novas empresas em abril

O Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas registrou a criação de 168.124 novos empreendimentos no Brasil em abril deste ano, queda de 9,1% em relação ao mês de março, quando 184.905 novas empresas foram criadas. O número representa alta de 3,1% comparado ao montante de novos empreendimentos surgidos em abril de 2014 (163.023). Entre janeiro e abril de 2015 foram criados 648.488 novos empreendimentos em território nacional. Este número representa alta de 2,5% em relação ao total de novas empresas instituídas durante o mesmo período de 2014 (632.547).
Vale lembrar que no primeiro quadrimestre do ano passado, o número de novas empresas criadas havia sido 6,9% superior ao primeiro quadrimestre de 2013. De acordo com os economistas da Serasa Experian, a desaceleração nos primeiros quatro meses do anio, em relação ao mesmo período do ano passado (alta de 2,5% contra crescimento de 6,9%), reflete o cenário econômico mais adverso neste período, comparativamente ao de 2014, caracterizado por redução da confiança empresarial, pela alta da inflação, dos juros e da taxa cambial, além do baixo dinamismo da atividade econômica.

 
Diminuiu a confiança dos empresários de serviços

O Índice de Confiança de Serviços da FGV recuou 1,6% em maio em comparação ao mês anterior (abril), considerando-se os dados com ajuste sazonal. O ajuste sazonal ocorre quando os técnicos descontam o aumento das vendas de produtos em feriados ou datas comemorativas. A queda do índice reflete o declínio da pontuação que mede as expectativas de empresas de serviço em todo o país em relação aos próximos três meses: o índice, que correspondia a 85,9 pontos, em abril, caiu para 84,5 pontos em maio. A pesquisa foi feita em 2 mil empresas de serviço.
A pontuação mede o grau de confiança dos empresários da serviços. Acima de 100 pontos, indica otimismo das empresas. Abaixo de 100 pontos, mostra pessimismo. O índice de maio revela que está piorando a percepção das empresas em relação à possibilidade de novos investimentos e à criação de empregos. Segundo o consultor de economia da FGV, Silvio Sales, as “avaliações [dos empresários de serviços] sobre o momento atual chegaram a um novo mínimo histórico: assim, ampliam-se os sinais de um segundo trimestre ainda mais fraco que o anterior” (ABr).