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Economia 01 a 03/10/2016

em Economia
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Contas públicas ficam negativas em US$ 22,2 bilhões

Chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, registrou déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, de R$ 22,267 bilhões, em agosto, informou na sexta-feira (30) o Banco Central (BC)

Esse foi o pior resultado para o mês na série histórica, iniciada em dezembro de 2001. O resultado do mês superou o déficit primário de R$ 7,310 bilhões de agosto de 2015.
Nos oito meses do ano, o resultado negativo chegou a R$ 58,859 bilhões, contra déficit de R$ 1,105 bilhão, em igual período de 2015.
Em 12 meses encerrados em agosto, o déficit primário ficou em R$ 169,003 bilhões, o que corresponde a 2,77% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Em agosto, o Governo Central registrou déficit primário de R$ 22,143 bilhões. Os governos estaduais também apresentaram resultado negativo, com déficit primário de R$ 818 milhões, e os municipais, superávit de R$ 165 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, acusaram superávit primário de R$ 529 milhões, no mês passado.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, reforçou que os resultados negativos das contas públicas são influenciados pela redução das receitas, por influencia da retração da economia, ao mesmo tempo em que há aumento das despesas. E que as despesas com juros estão menores este ano devido aos ganhos do BC em operações de compra e venda de dólares no mercado futuro. Até agosto, o BC lucrou mais de R$ 72 bilhões, sendo que, no ano passado, o prejuízo ficou em cerca de R$ 74 bilhões (ABr).

Brasil tem 7,5 milhões de inadimplentes com mais de 61 anos

Uma das explicações para o fato está relacionada com o crédito consignado.

Estudo inédito da área de Big Data da Serasa Experian revela que o número de inadimplentes com 61 anos ou mais em todo o país era de 7,5 milhões em julho, representando 12,7% do total de pessoas com dívidas atrasadas. Para os economistas da Serasa Experian, uma das explicações para o crescimento da fatia de pessoas acima de 61 anos entre os inadimplentes está relacionada com o crédito consignado.
Como este tipo de financiamento é mais acessível aos aposentados, em momentos de alta da inflação e aumento do desemprego, muitos deles são levados a solicitar este tipo de crédito para socorrer as contas da casa, ajudar familiares e amigos. “O idoso faz o empréstimo com a intenção de ajudar, mas muitas vezes acaba descontrolando o pagamento de outras contas por ter recebido o benefício mensal reduzido com o desconto da parcela”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Também é comum, principalmente em momentos de crise, que a renda dos aposentados seja utilizada por filhos e outros parentes para compor o orçamento familiar. “O ideal é que a aposentadoria não seja a única fonte de recursos do grupo, já que o idoso também tem contas fixas. A recomendação é que ele tenha a possibilidade de usar o dinheiro com despesas pessoais voltadas a seu bem-estar”, diz a diretora do SerasaConsumidor, Fernanda Monnerat (Serasa).

Redução da vazão do São Francisco

A Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou a realização de testes para reduzir o volume de água que sai dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Sobradinho e Xingó para o Rio São Francisco. A Chesf poderá reduzir a vazão mínima dos atuais 800 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 750 m³/s em fase de teste e, depois de analisados os impactos da redução, o volume poderá baixar para 700 m³/s.
A vazão mínima dos reservatórios é habitualmente de 1,3 mil metros cúbicos por segundo (m³/s), mas já foi reduzida várias vezes por causa da falta de chuvas na região. Desde janeiro deste ano, está em 800 m³/s. A redução da vazão é necessária para que o volume de água na barragem não chegue a zero, o que prejudicaria a geração de energia na região. No entanto, a limitação pode prejudicar a captação de água para a população, além de outras consequências para a irrigação e a navegabilidade do rio (ABr).