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Dia das Mães deverá movimentar R$ 12,2 bilhões este ano

em Economia
quinta-feira, 29 de abril de 2021

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima para o Dia das Mães deste ano um volume de vendas de R$ 12,2 bilhões em todo o país, o que representa aumento de 47% em relação ao resultado de 2020 (R$ 8,26 bilhões). O economista sênior da CNC, Fabio Bentes, disse ontem (27) que 2020 foi especialmente atípico para essa data, uma vez que o varejo não essencial estava fechado devido às medidas restritivas impostas pelas autoridades para o combate ao novo coronavírus.

Por isso, a CNC optou por comparar a expectativa de vendas de 2021 com a de 2019, que foi o último Dia das Mães normal do varejo. A movimentação financeira prevista para a data ficou 2% abaixo em relação à de 2019, que alcançou R$ 12,34 bilhões. O economista esclareceu que por movimentar praticamente todos os segmentos do comércio, o Dia das Mães é considerado o “Natal do primeiro semestre”. Em 2020, as vendas do varejo para a data recuaram 33,1%, maior queda da série histórica.

O segmento de vestuário, calçados e acessórios costuma, tradicionalmente, liderar as vendas nesse período do ano. Em 2020, movimentou R$ 1,6 bilhão, com redução de 62,7% em relação a 2019. Este ano, a previsão de faturamento do segmento se eleva para R$ 4,09 bilhões, segundo a CNC, mostrando variação positiva de 146%. “Vai mais que dobrar este ano”.
Fabio Bentes observou que em 2021 o varejo está pegando o processo de reabertura.

Em seguida, devem vir os ramos de móveis e eletrodomésticos (R$ 2,38 bilhões) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 1,52 bilhão). Sobre o segmento de perfumaria, Bentes destacou que, além de ter um apelo natural associado à data, é um segmento de tíquete médio (valor médio das vendas de um período) também baixo. Disse que a crise sanitária acaba provocando uma crise econômica, pressão no orçamento das famílias, com desemprego ainda elevado e inflação alta.

Levando em consideração a desvalorização do real no período, o economista afirmou que fica muito difícil para o varejista não repassar determinados aumentos de preço. “Quem tende a repassar é o varejista que está com a corda no pescoço”. Para o varejo de vestuário, isso ainda não ocorreu. Ele está oferecendo produtos a preços menores que os do ano passado, para tentar atrair o consumidor (ABr).