A democratização do livro e da leitura, a exemplo do que realizou em sua gestão na Academia Brasileira de Letras (ABL), será um dos focos principais de atuação do novo presidente da Biblioteca Nacional (BN), professor Marco Lucchesi. O presidente da BN quer continuar a missão de levar a leitura não só aos presos, quilombolas, comunidades carentes, aldeias indígenas, mas a toda a população brasileira.
Um dos seus desafios consiste em trabalhar as demandas atuais do livro. A BN tem a perspectiva de depósito, catalogação, armazenamento, produção de metadados, conservação. No que se refere à preservação, em especial, serão abrangidos desde os livros físicos, em seus vários suportes, até os livros nascidos digitalmente. “Tanto livros físicos qunto digitais são igualmente desafiadores”, comentou.
A internacionalização da Biblioteca Nacional é outra meta. Ele pretende ampliar as múltiplas relações da instituição, a oitava do gênero no mundo, não só no mundo ocidental, como no oriental. A biblioteca digital contará com o apoio também da nova administração da BN. “Na defesa do infinito, a ideia é democratizar cada vez mais o acesso, com o compromisso de incluir a cidadania ao esforço democrático, o compromisso de ler o Brasil, ler o mundo, reconstruir o mundo e o Brasil”.
Para Marco Lucchesi, a educação e o livro são instrumentos para deter a violência, principalmente entre os jovens. O Brasil nos últimos anos careceu de um projeto educacional profundo, sem invasão da fé com fins de instrumentalização, como foi visto recentemente. Houve falha na produção de interfaces necessárias a um projeto de justiça social, comentou. “Defender a República, a cultura, a ciência, a vacina, defender tudo aquilo que foi negado nesses últimos anos de treva e obscurantismo” (ABr).