O Custo de Vida por Classe Social, calculado mensalmente pela FecomercioSP com base nos dados do IBGE, subiu 0,24% em abril, na Região Metropolitana de São Paulo. Diante desse resultado, o custo de vida acelera em relação à estabilidade observada no mês anterior. No acumulado de 12 meses, a variação é de 2,8%, nível abaixo dos 4,32% registrados no mesmo período do ano passado.
O crescimento nos gastos do grupo saúde (1,02%) apontou a maior contribuição no resultado do custo de vida em abril, principalmente em razão do reajuste nos preços dos remédios, que foi sentido por todas as classes sociais, desde as famílias com renda mais baixa (até dez salários mínimos) até as com renda mais alta (acima de dez salários mínimos). A alta atingiu diversos produtos: antibióticos (3,5%), hipotensores e hipocolesterolêmico (2,7%) e psicotrópicos (1,2%), além de produtos dermatológicos (2,4%) e de beleza (2,2%).
Na visão da FecomercioSP, o resultado de abril mostra, a curto prazo, uma tendência de preços médios variando pouco. Isso acontece porque a alta registrada no grupo de saúde, que mais contribuiu para a aceleração do custo de vida em abril, teve uma justificativa pontual, e não deve continuar pressionando nos próximos meses. O alívio no curto prazo, principalmente para as faixas de renda mais baixas, dá fôlego ao orçamento doméstico e possibilita o pagamento de dívidas em atraso e a volta do consumo em setores não essenciais (AI/FecomercioSP).