Como garantir um adulto mais responsável e controlado nos gastos? Nada melhor do que aprender o valor do dinheiro desde pequenos. Muitos pais tentam ensinar seus filhos a economizar e gastar conscientemente, mas ainda existe uma grande dificuldade para iniciar esse hábito, o que faz com que a família acabe desistindo da ideia.
Outro agravante é que a cultura brasileira não valoriza a educação financeira infantil como um tema que deve ser amplamente debatido entre as famílias e, principalmente, nas escolas. Assim, adultos sem educação financeira têm grandes chances de se endividar das mais diversas maneiras: cheque especial, cartão de crédito, boletos bancários, entre outros, principalmente durante um período de recessão econômica.
Uma pesquisa divulgada pela S&P Global FinLit Survey apontou que apenas 28% dos brasileiros têm conhecimentos mais aprofundados sobre economia e passaram por um processo de educação financeira. Segundo os dados, os países europeus e os da América do Norte concentram a maior quantidade de “intelectuais financeiros”, com 55% a 75%.
O levantamento ainda afirma que pessoas com algum conhecimento em questões financeiras fazem escolhas mais conscientes em relação a fazer dívidas e a aposentadoria. Um outro estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) concluiu que 45% dos brasileiros não cuidam de suas próprias finanças.
Neste cenário, os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais da Escola Champagnat, localizada em Presidente Prudente (SP), participam de um projeto coordenado pela docente Elaine Nabor de Lima Escovedo que visa educar as crianças para que lidem com o dinheiro de forma consciente. A turma aprendeu a identificar as cédulas do Real e para compreender melhor o valor das mercadorias, os alunos montaram um mercadinho com materiais recicláveis.
Os produtos foram separados por seção, com preços estabelecidos para cada um deles, assim como acontece nos supermercados “de verdade”. “Esse tipo de atividade desenvolve nas crianças a capacidade de observar, de estabelecer relações sociais, além de aprender sobre valores financeiros e quantificação”, explica a professora.
Elaine dá três dicas para os pais que querem começar a dar os primeiros passos na educação financeira dos filhos:
- Adquiram um “cofrinho” – para que aprendam a poupar o dinheiro desde pequenos;
- Ensine o valor das cédulas – assim, as crianças podem compreender o preço de cada produto;
- Instrua os pequenos a ter foco e estabelecer metas – as crianças podem guardar dinheiro quando quiserem realizar algum desejo, como comprar um brinquedo ou fazer um passeio.
Fonte e mais informações: (https://escolachampagnat.com.br/).