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Consumidor espera saldões para comprar produto mais caro

em Economia
terça-feira, 14 de janeiro de 2020

De acordo com o levantamento da CNI, quanto menor a renda familiar maior o costume de esperar promoções. Foto: Rovena Rosa/ABr

Setenta e um por cento dos consumidores esperam promoções e saldões para adquirir produtos de maior valor, como eletrodomésticos, móveis, celulares, eletrônicos e automóveis, com preços mais em conta. Os dados são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira sobre práticas de consumo, divulgada ontem (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O percentual daqueles que diziam aguardar saldões para fazer as compras era 64%, em 2013, ante os 71% de 2019.

Sentre os que têm renda familiar de até um salário mínimo, 78% costumam buscar informações sobre garantia e serviços de pós-venda. O percentual diminui à medida que a renda familiar cresce. Para o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da da entidade, Renato da Fonseca, “Isso mostra toda uma mudança que vem afetando a indústria. Não adianta só entregar o produto, é preciso entregar o serviço do produto. E esse produto tem que funcionar por mais tempo”.

Na sua avaliação, com a crise econômica, essa questão ficou ainda mais importante porque os consumidores com dificuldade de renovar o produto estão ainda mais preocupados com a manutenção, com o conserto e com esse serviço. A pechincha, hábito de pesquisar preços antes de adquirir o produto desejado, é tradição da maioria do consumidor brasileiro, principalmente na compra de bens de maior valor.

Segundo a pesquisa, 93% dos consumidores pechincham, enquanto 80% pesquisam as características técnicas desses produtos antes de adquiri-los. O preço, a qualidade e a marca do produto são considerados os fatores mais importantes na hora de adquirir o bem de maior valor. Em relação aos fatores considerados menos importantes na aquisição de bens de maior valor, 41% dos brasileiros apontam a propaganda, enquanto 27% citam design/aparência entre os dois fatores menos importantes. Os homens valorizam a marca e o fabricante dos produtos mais do que as mulheres (ABr).