Apesar da queda recente da atividade industrial, a confiança do empresário da indústria aumentou e atingiu o maior nível desde outubro do ano passado. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu 1,3 ponto em junho, de 56,5 para 57,8. O índice está acima da média história, de 54,2 pontos.
O Icei tem linha divisória de 50 pontos, indicando confiança acima desse nível e falta de confiança abaixo desse valor. Divulgado mensalmente, o indicador antecede o desempenho industrial e sinaliza a tendência da produção industrial para os próximos meses. Todos os componentes do índice subiram. O Índice de Condições Atuais avançou 2,1 pontos, de 49,4 pontos para 51,5.
Ao ultrapassar o ponto de corte de 50 pontos, o índice demonstra transição de uma percepção negativa para uma percepção positiva do setor industrial em relação às condições atuais em relação aos últimos seis meses. O Índice de Expectativas, que mede as previsões dos empresários para os próximos seis meses, avançou um ponto, para 61. Ao se afastar para mais acima da linha divisória de 50 pontos, o índice indica maior otimismo da indústria.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, ainda há desconfiança sobre a economia no curto prazo, mesmo com a alta recente do índice. A avaliação das condições atuais da empresa e para os próximos seis meses tornou-se mais positiva. A pesquisa ouviu 1.573 empresas em todo o país entre 1º e 7 de junho. Desse total, 603 são de pequeno porte, 592 de médio porte e 378 de grande porte (ABr).