O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,4 ponto em agosto e atingiu 80,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Isso significa que voltou ao mesmo nível de março, quando a pandemia começou a impactar a economia. Na análise por faixas de renda, o ICC mostrou que houve queda de confiança nas faixas de renda extremas e alta nas faixas intermediárias.
Os consumidores de menor poder aquisitivo, apontaram piora relacionada à falta de perspectivas sobre emprego e melhora da situação financeira familiar, o que influencia diretamente o consumo. Já nos consumidores com maior poder aquisitivo, também há recuo na intenção de compras de bens duráveis, o que, de acordo com a FGV, pode estar relacionado com o alto nível de incerteza do período.
Para a coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a tímida alta da confiança dos consumidores em agosto representa uma desaceleração no ritmo da recuperação iniciada em maio. O que é um reflexo do quadro de grande incerteza. Na visão dela, o resultado de agosto expõe também uma expressiva heterogeneidade entre as classes de renda (ABr).