O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu sua primeira coordenação de oferta pública de emissão de debêntures. A operação – feita em nome da RDVE Subholding, empresa do grupo Casa dos Ventos –, no valor de R$ 430 milhões, tem como finalidade captar recursos para a conclusão de quatro dos oito parques eólicos que compõem a expansão do Complexo Eólico Rio do Vento, em João Câmara, no Rio Grande do Norte.
Com a ampliação, serão adicionados 534,2 MW de capacidade instalada de geração, energia suficiente para atender 1,33 milhão de domicílios. Desse total, 268,6 MW serão financiados por meio das debêntures de infraestrutura ofertadas e de financiamento pelo BNB, no valor de R$ 600 milhões.
Além de ter estruturado a colocação das debêntures, como coordenador da emissão – em sindicato com o BTG Pactual (líder) e o Itaú BBA –, o BNDES ofertou garantia firme de colocação de R$ 86 milhões, correspondentes a 20% do volume da oferta pública de debêntures. Os demais coordenadores garantiam o restante do volume.
As debêntures possuem prazo de vencimento de 16 anos e estão enquadradas nos incentivos fiscais da Lei 12.431/2011. Para o diretor de Finanças do BNDES, Lourenço Tigre, a iniciativa é mais um passo da instituição em se estabelecer como um banco de serviços para os setores público e privado, indo além da tradicional oferta de crédito.
Com isso, não apenas amplia se escopo de atuação, mas fortalece seu papel de indutor de investimentos para a economia brasileira. “O Banco precisa desenvolver a melhor maneira de fazer alocação de capital e gestão de risco”, declarou o executivo (AI/BNDES).