Uma previsão da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) para a balança comercial em 2024, divulgada ontem,registra queda das exportações de 0,6%, somando US$ 334,517 bilhões, contra US$ 336,532 bilhões estimados para 2023. Em relação às importações, a projeção é de aumento de 0,62%, com US$ 241,745 bilhões em 2024 contra US$ 240,345 bilhões calculados para este ano. O superávit deverá atingir US$ 92,772 bilhões no próximo ano, queda de 3,5% em comparação aos US$ 96,187 bilhões esperados para 2023.
O presidente da AEB, José Augusto de Castro, afirmou que o mercado internacional está muito calmo, sem quedas nem elevações bruscas de preços. “Há uma calmaria total. Também as variações dos produtos este ano, em relação a 2022, foram muito pequenas. E 2024 sinaliza, pelo menos neste momento, que deve ficar mais ou menos assim”. Castro avalia, entretanto, que no segundo semestre do próximo ano podem surgir novos fatos com reflexo nos preços.
Ele se referiu a algum fato político ou econômico que poderá ocorrer e afetar o cenário atual de tranquilidade no comércio. A seguir, indicou que o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas não teve impacto nenhum. “É como se o mercado estivesse aceitando tudo passivamente. Nada acontece que possa modificar o comércio”, opinou. Contudo, admitiu que fatores podem resultar em alterações, “como mudanças geopolíticas envolvendo China, Estados Unidos e Rússia. Mas, por ora, não são suficientes para impactar o comércio mundial”, acrescentou (ABr).