Em menos de um mês, o fogo consumiu 2,5 milhões de hectares da Amazônia. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ. A média histórica para área afetada pelo fogo no mês é 1,4 milhões de hectares.
Desde o início do ano, a Amazônia já teve mais de 4,1 milhões de hectares atingidos pelos incêndios.
Na última semana, o monitoramento realizado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos detectou alta concentração de gases poluentes em uma região que se estendia da Amazônia ao Sul do Brasil e alcançando dez estados. Os níveis dos rios na região já antecipam um quadro de seca extrema, que poderá se agravar ainda mais no mês de setembro, com a chegada do período mais critico de estiagem.
Após uma reunião extraordinária da sala de situação do governo federal, no domingo (25), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou que os incêndios na Amazônia, no Pantanal e Sueste do país são potencializados pela situação de extremo climático, mas também apresentam um movimento atípico que podem indicar uma ação criminosa de quem está ateando fogo propositadamente.
De acordo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, além dos 29 inquéritos instaurados na Amazônia e Pantanal, foram abertos mais dois em São Paulo, para apurar evidências de incêndios criminosos que afetam áreas da União (ABr).