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Altas temperaturas no inverno impactam vendas no varejo

em Economia
quarta-feira, 03 de julho de 2024

A longa espera pelo inverno deve causar retração de 4,1% este ano no varejo de vestuário, calçados e acessórios em relação a 2023. É o que aponta o levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) sobre o impacto das altas temperaturas durante a estação em 2024. A entidade projeta um faturamento de R$ 14,06 bilhões entre os meses de maio e junho, o menor registrado para o período desde 2021.

“O calor fora de época deve prejudicar as vendas no setor, uma vez que, geralmente, o varejo da moda começa a se preparar para o inverno desde o mês de abril. A saída tem sido chamar aqueles consumidores que querem aproveitar os baixos preços com as promoções neste momento”, comenta o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Cenário econômico é favorável, mas calor “atrapalha”.

Segundo Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, sazonalmente, o comércio de vestuário tende a ter uma aceleração de vendas neste período. “Porém, as temperaturas acima da média para essa época do ano têm neutralizado a evolução ainda favorável das condições de consumo, ocasionada, por exemplo, pela alta empregabilidade e inflação estável e pelos juros em queda”, afirma.

Já em relação ao consumidor, o economista destaca que o clima atípico também contribui para certa desconfiança. “As peças de inverno, costumam ter um custo e um preço mais elevado. Assim, sem queda muito significativa das temperaturas, o consumidor acaba não materializando esse tipo de gasto como antes”, explica Bentes. Dessa forma, assim como o consumidor, os varejistas ficam também com receio de investir na estocagem desses itens (AI/CNC).