Guerra entre Rússia e Ucrânia foi um dos gatilhos para o aumento do preço do aço, junto aos preços do carvão e do minério de ferro, matérias-primas do produto, e insumos significativamente exportados pelos países em conflito; o que também afetou toda a cadeia logística global, tornando mais caro o preço do frete. O reajuste já chegou às indústrias e ainda que dependa de cada setor para ser repassado aos consumidores, ele vai sim acontecer.
No entanto, esses repasses serão percebidos em pouco tempo pelas indústrias e na sequência pelo consumidor final, explica o gerente de marketing da Açovisa, Giovanni Marques da Costa. Embora os países europeus envolvidos no conflito sejam relevantes exportadores de placas de aço, o Brasil também é um importante player neste segmento. “A indústria brasileira se adapta aos materiais que não estão disponíveis e às necessidades do mercado”, explica.
Exemplo foi o desligamento de fornos, aciarias e, também demissões nas usinas devido à covid-19 por se acreditar que não haveria demanda, “mas aconteceu justamente o contrário: O mercado mundial se desabasteceu rapidamente ficando a demanda maior que a oferta, promovendo uma corrida entre as indústrias para retomarem suas linhas de produção, fazendo com que os preços dos insumos, sobretudo comodities sofressem forte aumento”. E o reajuste será sentido em três setores:
. Linha branca – Os eletrodomésticos como fogões e geladeiras serão os primeiros bens de consumo a serem impactados pelo reajuste, pois estão diretamente relacionados à linha de aços planos.
. Automóveis – Essa segunda posição da lista é encabeçada pelas motocicletas, que são praticamente todas feitas de aço. Em seguida os carros e depois os caminhões. A quantidade de aço utilizada na fabricação de um carro é em torno de 800 quilos que valem aproximadamente US$ 1mil. No caso do reajuste de 20%, o veículo custa US$ 200 mais caro.
. Alimentos – O percentual do reajuste repassado ao consumidor vai depender muito do nível de processamento do alimento, mas podemos esperar um aumento na soja, milho, cana e seus respectivos derivados. Alimentos enlatados terão, sim, um aumento, ainda que baixo. Mas será sentido antes de junho nos bolsos brasileiros. – Fonte e outras informações (https://www.acovisa.com.br/).