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O Feedback como Ferramenta de Crescimento Pessoal e Profissional

em Economia da Criatividade
quinta-feira, 13 de junho de 2024

O termo “feedback” tem suas raízes na engenharia, onde era usado para descrever o processo de retorno de informações sobre a saída de um sistema para ajustar suas operações. Com o tempo, esse conceito foi adaptado para o ambiente empresarial, ganhando um novo significado e importância. Nas empresas, o feedback se tornou uma ferramenta essencial para o desenvolvimento contínuo de funcionários e equipes. Ele permite uma comunicação clara e honesta sobre o desempenho, ajudando a identificar pontos fortes e áreas a serem melhoradas. A prática de feedback nas empresas começou a ganhar destaque na segunda metade do século XX, especialmente com o crescimento das teorias de gestão que enfatizavam a importância do capital humano. Hoje, o feedback é reconhecido como um componente crítico para a construção de uma cultura organizacional positiva e produtiva. Ele não apenas melhora o desempenho individual, mas também fortalece a coesão da equipe e a eficiência operacional.

O feedback é um conceito que começa a ser introduzido ainda na infância, dentro do ambiente familiar. Pais e cuidadores fornecem feedback constantemente, seja elogiando comportamentos positivos ou corrigindo ações indesejadas. Esse processo continua na escola, onde professores avaliam o desempenho dos alunos e fornecem orientações para o crescimento acadêmico e pessoal. Famílias e escolas, portanto, desempenham papéis cruciais na formação de indivíduos que sabem não apenas receber, mas também dar feedback de maneira construtiva. Treinar futuras gerações para entender a importância do feedback é essencial para prepará-los para os desafios profissionais que enfrentarão. Um ambiente que valoriza o feedback construtivo desde cedo ajuda a criar uma mentalidade de crescimento, onde erros são vistos como oportunidades de aprendizado. Assim, tanto em casa quanto na escola, é vital cultivar uma cultura de feedback que promova a comunicação aberta e o desenvolvimento contínuo.

Existem diversas técnicas de feedback corporativo amplamente reconhecidas e utilizadas atualmente. Uma das mais conhecidas é o feedback 360 graus, que envolve a coleta de opiniões de várias fontes, como colegas, subordinados e superiores, para fornecer uma visão holística do desempenho de um funcionário. Outra técnica popular é o método “SBI” (Situação-Comportamento-Impacto), que estrutura o feedback de forma clara e específica, descrevendo a situação, o comportamento observado e o impacto causado. A técnica de feedback “Sanduíche” é também bastante utilizada, começando com um elogio, seguido de uma crítica construtiva, e finalizando com outro elogio. A implementação dessas técnicas nas empresas requer treinamento e uma cultura organizacional que valorize a transparência e o desenvolvimento pessoal. Líderes e gestores são fundamentais nesse processo, pois devem modelar comportamentos de feedback eficazes e criar um ambiente onde todos se sintam seguros para dar e receber feedback.

O uso da linguagem não violenta está intimamente ligado à eficácia do feedback. A comunicação não violenta, desenvolvida por Marshall Rosenberg, enfatiza a empatia e a clareza na comunicação, promovendo a resolução pacífica de conflitos. Quando aplicamos esses princípios ao dar e receber feedback, criamos um ambiente mais colaborativo e menos defensivo. A linguagem não violenta ajuda a expressar críticas de forma construtiva, focando em observações objetivas e sentimentos, em vez de julgamentos ou acusações. Isso não apenas melhora a receptividade do feedback, mas também fortalece os relacionamentos interpessoais. Ao longo da vida, a habilidade de usar uma linguagem não violenta ao fornecer feedback é uma competência valiosa que pode transformar interações pessoais e profissionais, promovendo um crescimento contínuo e saudável.

Em uma visão integrativa do desenvolvimento humano, faz-se necessário o aprendizado estruturado de como utilizar o feedback como ferramenta para crescimento humano e profissional, e o entendimento de que todos estamos nas duas pontas desse iceberg.

Com graduação em Arquitetura e Urbanismo, pós graduação em Administração, MBA em Empreendedorismo e Inovação, e Master in Digital Marketing, Carol Olival tem um perfil multidisciplinar e transita com segurança pelos mercados de educação, marketing, vendas e treinamento. Carol operou escolas próprias de inglês por 10 anos, e hoje é Community Outreach Director da Full Sail University, responsável pela criação e manutenção de comunidades internacionais para a universidade através da divulgação das imensas possibilidades que as carreiras na economia criativa oferecem.