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Uso de dados e IA são foco das estratégias de Marketing B2B

em Destaques
segunda-feira, 06 de dezembro de 2021

Ao menos 75,4% dos profissionais à frente da área de Marketing das empresas B2B apostam no uso de dados e na integração de Inteligência Artificial e o uso de chatbots na estratégia de relacionamento com o mercado. Essa é uma das conclusões da pesquisa O Status do Marketing B2B – edição 2022, junto a 290 profissionais das áreas de Marketing e Comunicação, entre os meses de julho e outubro passados.

A aproximação cada vez maior à tecnologia é consequência dos efeitos da Transformação Digital ocorrida no Marketing após a pandemia causada pelo Covid-19, e que mudou radicalmente a forma de as empresas se comunicarem. Sobretudo no B2B essa mudança teve um impacto ainda maior – setores mais tradicionais como a indústria, por exemplo, sempre dependeram de eventos e contatos presenciais para a geração de novos negócios.

Mudança de paradigma – Novas estratégias digitais e a inserção de tecnologias fizeram com que as empresas buscassem mais fornecedores – e, de fato, houve um aumento no número de empresas que contam com algum nível de terceirização das suas áreas de Marketing. Em 2021, ao menos 73% das empresas declararam contar com fornecedores para apoiar a operação. Para se ter uma ideia, em 2019 esse número era de 48,4% — ou seja, o aumento registrado foi de 24,6%.

Em relação ao modelo de contratação, os números permanecem consistentes em relação aos anos anteriores, com 76,1% das empresas optando por agências separadas – apenas 23,1% dos respondentes contam com agências integradas para fazer todos os serviços. Isso reflete, também, o próprio mercado atualmente: assessorias de imprensa e agências de marketing ainda são competências separadas no mercado.

Ao mesmo tempo em que o número de empresas terceirizando as operações de marketing aumentou, a quantidade de funcionários em Marketing também. O volume de empresas com apenas um funcionário na área de Marketing diminuiu 14,2%, enquanto que as áreas de Marketing com duas pessoas cresceu de 11,8% para 20,6%.

A contratação de agências e o aumento das áreas de Marketing durante a pandemia revela o esforço que as empresas B2B fizeram durante o período na tentativa de substituir formas mais tradicionais para fazer geração de negócios, exigindo mais recursos humanos e financeiros.

A imprensa no foco – Pela primeira vez, nos últimos anos, os serviços de assessoria de imprensa apareceram no foco da contratação de novos fornecedores por parte das empresas B2B. Ao menos 63% dos respondentes declararam contratar serviços de imprensa – os serviços de Marketing Digital aparecem em segundo lugar, com 60% das contratações.

O impacto na busca por esse tipo de fornecedor acontece pelo impulsionamento da mídia tradicional – que ganhou mais audiência pós-pandemia. A consequência é que os veículos de imprensa tiveram um pico enorme de audiência – que vem desacelerando em 2021.

Mídias sociais: sem surpresas – Hoje, os principais canais de mídias sociais explorados pelo segmento B2B seguem sendo o LinkedIn (78,3%), Instagram (46,8%) e Youtube (33,9%) – oFacebook hoje aparece em quarto lugar, com 25% da preferência. Em 2019, o Facebook era preferido por 76,7% dos respondentes da pesquisa.

Dois anos depois, o desgaste da rede social com fake news, vazamento de dados e o baixo engajamento por parte de uma população mais jovem afastou as empresas da mídia social, que registrou uma queda de 51,7% na preferência das empresas por esse canal.

O Youtube tem sido mais usado como mídia orgânica e pouco em mídia paga devido ao seu baixo resultado na entrega de leads qualificados para o B2B. O investimento pago fica concentrado no LinkedIn e no Facebook/Instagram – as mídias mais importantes para o segmento historicamente.

O Status do Marketing B2B foi realizado pela Intelligenzia envolvendo profissionais das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste, com foco em empresas de Tecnologia, Indústria e Serviços. Ao menos 58,7% das empresas têm acima de 100 funcionários; 15,9% das empresas têm de 50 a 100 funcionários; 15% das organizações têm acima de 500 funcionários e, por fim, 10,4% das organizações cujos líderes participaram têm de 11 a 50 funcionários. – Fonte e amais informações: (https://intelligenzia.com.br/).