O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez ontem (28), Dia de Ação de Graças, uma visita surpresa ao Afeganistão, a primeira de seu mandato ao país, e anunciou a retomada das negociações de paz com o Talibã. As tratativas haviam sido suspensas no início de setembro, quando o mandatário cancelou um encontro secreto com líderes do grupo fundamentalista na base militar de Camp David, nos EUA.
Dias antes, um ataque terrorista da milícia matara 12 pessoas em Cabul, incluindo um soldado americano. “Eles querem um acordo, e estamos nos encontrando com eles”, disse Trump, durante uma reunião com o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani. O magnata também confirmou a intenção de reduzir o número de soldados americanos no país de 12 mil para 8,6 mil.
Os princípios do acordo negociado com o Talibã no primeiro semestre previam a retirada inicial de 5,4 mil militares. O grupo islâmico governou o Afeganistão de 1996 a 2001, até ser derrubado pela invasão americana – Washington acusava a milícia de dar proteção a Osama bin Laden, mentor dos atentados de 11 de setembro. Após sua queda, o Talibã iniciou uma insurgência que segue ativa até hoje (ANSA).