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Três tendências ESG para destacar-se este ano e além

em Destaques
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Vanessa Pires (*)

No horizonte empresarial, a agenda ESG continuará a moldar o cenário corporativo global, em especial na vertente meio ambiente, à luz das recentes discussões na COP-28. Empresas deverão incorporar algumas tendências – ou melhor dizendo, urgências – em suas estratégias para alinhar-se às expectativas da sociedade e dos investidores.

. Economia circular: redefinindo a sustentabilidade empresarial – A transição para uma economia circular emerge como tendência crucial. Empresas estão percebendo a necessidade de reestruturar seus modelos de negócios, deixando para trás o tradicional modelo linear de produção e consumo.

A COP-28 forneceu uma plataforma para debates intensos sobre a urgência de repensar o uso de recursos e a gestão de resíduos. Empresas líderes já estão investindo em inovações que promovem a reutilização de materiais, reciclagem eficiente e o design de produtos com durabilidade em mente.

Além disso, governos ao redor do mundo estão incentivando práticas sustentáveis por meio de políticas fiscais favoráveis a empresas comprometidas com a economia circular. A redefinição do conceito de sustentabilidade empresarial está em marcha, e a economia circular liderará essa revolução.

. Sustentabilidade social: conectando pessoas e comunidades – A dimensão social do ESG não pode ser negligenciada, especialmente em um mundo cada vez mais consciente das desigualdades. Em 2024, a tendência é aprofundar o compromisso das empresas com a sustentabilidade social, alinhando as ações corporativas com as necessidades das comunidades locais.

A pandemia destacou a importância da solidariedade e da resiliência social. Empresas comprometidas com o ESG agora reconhecem a necessidade de investir em programas que abordem questões sociais, como inclusão e diversidade. O ano de 2024 marcará um aumento nas parcerias entre empresas e comunidades, resultando em benefícios mútuos e em um avanço significativo na sustentabilidade social.

. Governança verde: integrando práticas ESG na tomada de decisões corporativas – A governança corporativa verde se destacará como uma tendência essencial neste ano, impulsionada pela crescente demanda por transparência e responsabilidade nas empresas.

A COP-28 desempenhou papel fundamental ao chamar a atenção para a necessidade de integração efetiva das práticas ESG nas estratégias de negócios. Empresas estão percebendo que a governança ambiental não é apenas uma questão de conformidade, mas uma oportunidade para impulsionar a inovação e a eficiência operacional.

Conselhos de administração estão se adaptando para incluir membros com experiência em sustentabilidade, e a remuneração dos executivos agora está vinculada ao desempenho ambiental e social. A governança verde não é apenas uma escolha ética, mas uma estratégia inteligente para garantir a longevidade e a resiliência dos negócios.

Em síntese, 2024 promete ser um ano de avanços significativos nas práticas ESG, com foco especial na economia circular, sustentabilidade social e governança verde. Empresas que abraçarem essas tendências não apenas atenderão às expectativas crescentes dos investidores e consumidores, mas também contribuirão para um futuro mais sustentável e equitativo. Este é um chamado: o momento de transformar as palavras em ações sustentáveis é agora.

(*) – É especialista em ESG e fundadora da Brada (https://somosbrada.com.br/).