A gestão João Doria decidiu dar apenas 3 das 32 Prefeituras Regionais de São Paulo para a administração de mulheres.
Somente as regionais de Santana, na zona norte, e Jabaquara e M’Boi Mirim, na zona sul, terão chefes do sexo feminino. Questionado sobre o motivo do desbalanço entre os gêneros, o futuro secretário das Prefeituras Regionais, Bruno Covas, vice-prefeito eleito da cidade, desconversou: “Se você achou pouca mulher, imagina eu?”, disse ontem (7), em um salão de convenções do edifício World Trade Center, no Brooklin, onde apresentou os nomes dos 12 últimos prefeitos regionais.
Covas havia dito que os critérios para a escolha dos prefeitos regionais era a formação acadêmica, a interlocução com a região e a disposição para executar as tarefas da gestão Doria. As escolhidas são a ex-funcionária da construtora Camargo Corrêa, Rita de Cássia Corrêa Madureira, para o M’Boi Mirim; a ex-deputada estadual Rosmary Corrêa, filiada ao PSDB, para Santana; e ex-chefe de departamento da EMTU no governo do PSDB, Maria de Fátima Fernandes.
Covas já havia negado aparelhamento de cargos nas Prefeituras Regionais, afirmando que os critérios foram todos técnicos. O total de mulheres ocupando cargos de chefes das subprefeituras caiu de 4 para 3. A gestão Fernando Haddad havia nomeado quatro mulheres para o preenchimento dessas vagas. Na gestão anterior, de Gilberto Kassab, os subprefeitos eram coronéis da reserva da Polícia Militar (AE).