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Três dicas para ir na contramão de pesquisas e sobreviver aos dois primeiros anos

em Destaques
terça-feira, 25 de abril de 2023

Fernanda Brandão (*)

(*) CEO da Agência Brands, especializada em Comunicação Integrada, listou alguns pontos essenciais que um empreendedor deve seguir para que uma organização não entre em falência em seus primeiros anos de existência

Uma preocupação que surge na maioria dos empreendedores brasileiros é o fato de que um terço dos negócios fecham antes mesmo de completarem de dois a três anos de existência, caso alarmante que causa dúvidas e incertezas em todos que buscam trilhar o caminho do empreendedorismo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 48% das empresas brasileiras abertas possuem vida útil de menos de três anos e a dificuldade de manter uma gestão estável e preparada para o enfrentamento de riscos foi apontada por 25% dos empreendedores que fecharam seu negócio. De acordo com os estudos, a quebra de empresas se dá pelo freio no consumo, associado ao aumento do peso dos impostos e à escassez de crédito para capital de giro. Nesse sentido, as organizações que mais enfrentam desafios para prosperar são as de pequeno porte.

Dessa forma, é imprescindível que, antes mesmo de desenhar um projeto e colocá-lo em prática, é necessário entender as razões que tornam esse cenário comum entre as empresas e buscar alternativas para contornar os diversos desafios que surgirão. “Ao abrir um negócio, os empreendedores, muitas vezes, não levantam informações importantes sobre o mercado, como clientes ou concorrentes, e mais da metade deles não realiza o planejamento estratégico antes do início das atividades do estabelecimento, o que pode ser muito prejudicial. Fazer esse planejamento ajuda na precaução de qualquer imprevisto que surgir pelo caminho”, comenta Fernanda Brandão, fundadora e PR da Agência Brands, especializada em Comunicação Integrada, que atua no mercado há mais de três anos e atende clientes de diversos nichos.

Pensando em auxiliar todos os recém-empreendedores e aqueles que ainda possuem dúvidas para começar um negócio, a CEO listou algumas dicas essenciais para quem quer seguir esse caminho e prosperar por anos no mercado. Confira, a seguir:

  1. Tenha um plano de negócios
    Antes de colocar o produto ou serviço no mercado, é preciso compreender muito bem o contexto o qual a empresa está inserida. Por isso, o plano de negócios é ideal para quem está pensando em iniciar algo ou já tem uma empresa. Esse processo inclui toda a estratégia que o empreendedor vai usar para aumentar a viabilidade do negócio, considerando as particularidades de cada segmento. “O planejamento é muito importante, pois deixa clara a intenção do empresário de se recuperar e sair do vermelho. Ele pode, inclusive, ser útil para atrair parceiros, investidores e sócios, além de ser a melhor forma de entender o público-alvo e fazer vendas mais assertivas e lucrativas”, ressalta a empreendedora.
  2. Corte gastos desnecessários
    Ter gastos excessivos e que passam dos orçamentos que entram no caixa, além de gerar dificuldades para arcar com os valores, dão um exemplo de má gestão à empresa. Por isso, é importante entender quais as despesas que podem ser cortadas e que não farão falta para o desenvolvimento do negócio. Fernanda explica que, nesse momento, é necessário analisar bem e ser estratégico. “Reorganizar os gastos não significa apenas se desfazer de contas ou funcionários. Isso pode acarretar em diversos fatores e ser crucial à empresa. Para cortar essas despesas, é preciso também ter um planejamento e uma força de trabalho para reorganizar a empresa. Focar em gastos que não vão atrapalhar no crescimento da empresa é um dos melhores caminhos a seguir, normalmente, os pequenos gastos tornam-se grandes no fechamento do mês”, pontua.
  3. Inove nos produtos ou serviços
    O investimento em mercadorias e trabalhos diferenciados e que fogem do padrão é a chave do sucesso para muitos negócios e é por esse motivo que essa inovação deve ser contínua. Além disso, as novidades trazem, junto com elas, o interesse do público, o que vai ajudar na fidelização dele com a marca. “Em meio a tantas demandas, rotinas e diversos outros afazeres dentro de uma empresa, a atenção para a inovação é desviada. Pensar em fazer algo melhor do que já fazemos hoje é a parte principal para sair do óbvio e ter outras ideias para criar novos produtos, serviços e soluções”, esclarece a especialista. Outro fator do porquê inovar é necessário é a própria necessidade e desejo de quem consome um produto ou serviço. “Então, entender as mudanças e acompanhar o mercado é ter a criatividade e a capacidade para inovar”, finaliza.