Fernando Brolo (*)
A presença tecnológica deve ser encarada como uma ponte para jornadas enriquecedoras, no âmbito interno e externo.
Discutir o impacto da transformação digital sobre a realidade de determinada empresa nunca é uma tarefa simplória. Existem circunstâncias, condições operacionais específicas, estruturas consolidadas ou fragilizadas, entre outros fatores que influenciam diretamente na forma como a tecnologia se relacionará com os colaboradores.
Isso posto, é cada vez mais nítida a importância de se realizar uma implementação tecnológica cujo pilar central repousa no fator humano, pela figura dos profissionais e também dos clientes.
Em detrimento de pensamentos antigos, que julgavam a inovação como um verdadeiro contraponto ao protagonismo das pessoas no ambiente de trabalho, a prática que observamos nos dias atuais é outra, expondo uma grande sinergia entre componentes que, até então, pensávamos como opostos.
A tecnologia, de certo, pode e deve servir como uma espécie de agente conciliadora, abrindo espaço e oferecendo insights para que as equipes maximizem seus resultados.
. O que muda para os profissionais? – Em uma cultura orientada à utilização de soluções inovadoras, é esperado que operações rotineiras ganhem um novo caráter de agilidade, otimização e assertividade. Isso significa contar com o gerenciamento automatizado de dados, objetos que se movimentados em sistemas manuais, podem sofrer com prejuízos de segurança.
Além dos ganhos de integridade, os colaboradores serão liberados de atividades repetitivas e até mesmo exaustivas, com a possibilidade de centralizar suas atenções em finalidades estratégicas e subjetivas, que os valorizem rotineiramente.
No fim das contas, todas essas inciativas rumo à inovação compartilham de um objetivo em comum: simplificar a vida dos profissionais e estimular a produtividade dos que respiram o core business do negócio.
Com esse conceito bem estabelecido, pelo gestor e suas lideranças corporativas, será possível identificar jornadas verdadeiramente enriquecedoras, através do crescimento individual e coletivo, sempre sob o respaldo digital.
. E os clientes? -Se internamente, a tecnologia reúne os requisitos necessários para aprimorar processos e reformular a atuação das equipes, no que diz respeito à comunicação externa, o cenário não é diferente.
O próprio conceito de Customer Experience apela para a criação de estratégias que compreendam o que os usuários estão procurando, assim como suas principais dificuldades e desejos. Mais do que um produto ou serviço de qualidade, hoje em dia, o mercado está atento a vantagens que vão além de características usuais.
Por isso, a preponderância de se oferecer uma abordagem personalizada, e isso só pode ser alcançado de modo certeiro com a utilização de referenciais técnicos, o que nos leva à participação de ferramentas digitais.
Sem dúvidas, a inteligência analítica é a maior aliada dos times comerciais, para que as decisões mais indicadas sejam tomadas. Esse estágio avançado de maturidade quanto ao uso dos dados é consequência direta da automatização do meio.
. Transformar jornadas é priorizar quem realmente importa – Para encerrar, enfatizo que ao priorizar a jornada em meio à transformação digital, o gestor deixa claro o que realmente importa dentro de sua organização: as pessoas.
Com a tecnologia assumindo um papel muito mais metodológico, de amplificar procedimentos e conceder segurança analítica para a tomada de decisão, todos os envolvidos no cotidiano operacional, de forma inclusiva, encontrarão espaço para se destacar.
O resultado é uma governança capaz de se adaptar a demandas adversas, com profissionais engajados e plataformas tecnológicas que continuarão a evoluir.
(*) – É Sales Partner na logithink, com atuação na área comercial e de operações, tendo passado por diversas áreas de negócios, como Gestor Comercial, Executivo de Contas e Vendas, de Operações e de TI.