Voto de minerva no processo contra o deputado Eduardo Cunha no Conselho de Ética, a deputada Tia Eron (PRB-BA) optou pelo isolamento nos últimos dias para não se expor à pressão.
A parlamentar evitou o contato até com colegas de bancada e, com quem conversou, disse que participará hoje (14), da votação do parecer que pede a cassação de Cunha, mas não adiantou como votará.
Um dos poucos a conversar com a conselheira foi o deputado e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB-SP). Tia Eron voltou a reclamar da pressão, mas não quis revelar de quem partiam as ações e disse que se manteria reclusa até a votação. “O pessoal pega pesado”, resumiu Russomanno.
O pré-candidato fez questão de apontar as consequências políticas do voto para a carreira da deputada e enfatizou que o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) não deixa dúvidas sobre a quebra de decoro parlamentar. “As provas são robustas”, repetiu Russomanno.
Quem procurou e não obteve retorno de Tia Eron foi o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. Crivella contou que preferiu procurá-la por e-mail e não por telefone para não pressioná-la ainda mais. “A gente não quer ser justiceiro, mas o fato é que não há defesa para o caso”, declarou (AE).