O presidente Michel Temer disse ontem (27), em rápido discurso na cerimônia de lançamento de linhas de crédito para energias renováveis pelo BNDES, que a promoção da energia limpa e do desenvolvimento sustentável é uma “bandeira importantíssima” de seu governo.
O BNDES lançou o Finame Energias Renováveis, linha de crédito voltada para investimentos em sistemas de microgeração de energia em estabelecimentos de empresas e pessoas jurídicas como condomínios, com orçamento de R$ 2 bilhões.
Ao mesmo tempo, anunciou o direcionamento de R$ 228 milhões do orçamento do Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, para uma linha voltada exclusivamente para pessoas físicas. Segundo Temer, as linhas de crédito gerarão investimentos que permitem reduzir emissões de gases do efeito estufa no ambiente e economia, para famílias e empresas, com a conta de luz. “É preciso reduzir o que se gasta com energia”, afirmou, completando que, do contrário, empresas vão “para outros espaços que não o nosso País”.
O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, afirmou que, “finalmente”, começa a haver uma revisão para cima nas perspectivas de investimentos na economia brasileira. Oliveira citou mapeamento divulgado no início do mês pelo BNDES, que estima R$ 1,03 trilhão em investimentos em 20 setores nos próximos três anos, de 2018 a 2021.
O mapeamento, feito anualmente, voltou a estimar aportes acima de R$ 1 trilhão pela primeira vez desde 2014, quando começou a recessão. “Estamos percebendo que finalmente começa a haver uma revisão dessas coisas e isso é trabalho do governo federal nos últimos anos”, afirmou Oliveira ao citar a revisão de marcos regulatórios que “viabilizam investimentos”. Para ele, o setor de energia é um caso de sucesso de avanços na regulação, na gestão de Temer, mas ainda é preciso avançar em outros setores, como o de saneamento básico.