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Tecnologia, educação e trabalho para amplificar o saber

em Destaques
segunda-feira, 05 de setembro de 2022

O futuro do trabalho prevê mudanças variadas como o surgimento de novas carreiras, maior interesse por robotização e inteligência artificial. E, nesse contexto, cresce a importância do bom uso da tecnologia educacional para potencializar o conhecimento. De acordo com o relatório Future of Jobs Survey 2020, realizado pelo Fórum Econômico Mundial, a maioria das profissões que estarão em ascensão nos próximos anos têm em comum a necessidade do domínio da tecnologia nos mais diferentes níveis.

Alguns exemplos de carreiras e áreas que devem despontar, considerando esse contexto, incluem analista e cientista de dados, especialista em inteligência artificial, machine learning, especialista em big data, marketing e estratégia digital, internet das coisas, automatização de processos, analista de segurança da informação. Estima-se ainda que setores relativos às soft skills, diversidade e saúde mental tenham o seu lugar ao Sol.

Ainda segundo o estudo, espera-se que o ritmo de adoção da tecnologia permaneça em movimento ascendente, acelerando diversas áreas consequentemente. A adoção da computação em nuvem, da big data e do e-commerce serão prioridades para os líderes empresariais. Há ainda um aumento significativo no interesse por criptografia, robôs não humanoides e inteligência artificial.

O Future of Jobs destaca ainda que 43% das empresas pesquisadas demonstram uma inclinação a reduzir sua força de trabalho devido à integração tecnológica. Para além disso, 41% planejam expandir o uso de contratados para trabalhos especializados em tarefas e 34% estimam incrementar sua força de trabalho devido à integração de tecnologia, até 2025.

A reflexão sobre os novos rumos do mercado de trabalho passa, necessariamente, pela tecnologia como aliada para a qualificação, revelando acima de tudo um cenário no qual as formas tradicionais de instrução são questionadas, no qual é necessário dominar habilidades voltadas para a resolução de problemas, utilizando a criatividade.

“É indiscutível que há uma relação estreita entre alunos bem-sucedidos, estímulo à criatividade, engajamento, personalização, bom uso da tecnologia e destaque no mercado de trabalho”, afirma Guilherme Camargo, CEO e fundador da Sejunta, consultoria especializada em tecnologia educacional. Um estudo americano recente – “Criatividade na Aprendizagem”, do Instituto Gallup — foi elaborado para compreender até que ponto a criatividade na aprendizagem está sendo estimulada nas salas de aula e até que ponto professores, pais e alunos a valorizam.

O levantamento buscou entender como a criatividade na aprendizagem é apoiada pelo uso transformador da tecnologia e os resultados produzidos. Algumas conclusões: a criatividade na aprendizagem produz resultados importantes e positivos para os alunos, os quais ainda são melhores quando os professores aproveitam o potencial da tecnologia.

Mais de oito em dez professores dizem que projetos que incorporam tecnologia em todo o seu potencial são melhores se comparados com as tarefas tradicionais para personalizar o aprendizado dos alunos. Na apuração, 87% dos professores e 77% dos pais concordam que as abordagens de ensino que incorporam a criatividade ao processo de aprendizagem apresentam maior retorno para os alunos.

Ou seja, de acordo com os dados coletados, é mais provável que a criatividade na aprendizagem ocorra quando os professores usam tecnologia no ambiente educacional (atividades autodirigidas baseadas em projetos que integram multimídia, realidade aumentada e outras ferramentas digitais).

. Na prática: o case Next – O colégio Next, localizado em Itatiba, no interior de São Paulo, é referência no uso de tecnologia desde a sua fundação, há 50 anos. Para eles a adaptação do ensino em relação à pandemia, por exemplo, foi mais facilitado, consideradas as devidas proporções, pois a tecnologia já estava incorporada.

No início de 2022, com o objetivo de estimular ainda mais os professores a partir de atualizações considerando um quadro mais tênue da pandemia, o colégio passou a contar com a consultoria da Sejunta. Novos aplicativos, jornadas de conhecimento, aprofundamento e trocas de experiências, cursos, atendimentos personalizados e encontros presenciais fazem parte do trabalho que vem sendo realizado.

“O diferencial da Sejunta é a qualidade de sua equipe, composta por professores e profissionais da área da educação. Não se trata de uma consultoria engessada, extremamente metódica, mas de colaboradores que entendem profundamente a realidade dos professores e conseguem ter uma escuta e a percepção correta das vivências em sala de aula. As conversas acontecem regadas por empatia”, afirma Wagner Chacon, diretor do Colégio Next Itatiba.

Para o educador, o investimento em tecnologia educacional deve ser uma constante, pois existem duas opções possíveis: a tecnologia vai entrar na sala de aula pela porta ou pela janela. Logo, deve-se identificar qual das duas possibilidades é a melhor. “Os recursos tecnológicos têm que servir para potencializar o conhecimento, levando em conta a vida do aluno e o contexto no qual ele se insere”, acrescenta o diretor do Colégio Next Itatiba.

. Pesquisa “Recursos Tecnológicos”: 87% defendem uso da tecnologia – O Colégio realizou, com consultoria da Sejunta, uma pesquisa intitulada ‘Recursos Tecnológicos’, aplicada com 75 ex-alunos que se formaram entre os anos de 2014 e 2021. A maioria deles está na universidade em cursos como Medicina, Direito, Administração, Engenharias, Publicidade e Propaganda – em instituições de renome como USP e Unicamp.

O levantamento foi realizado com o objetivo de identificar a importância da tecnologia no aprendizado e seus reflexos na vida acadêmica. Alguns dados relevantes: para 87% dos respondentes, a utilização da tecnologia na escola foi um diferencial na vida acadêmica e para 25% dos entrevistados tais ferramentas foram um diferencial para o ingresso no mercado de trabalho.

Os resultados da pesquisa trazem uma reflexão bastante complexa sobre como as instituições de ensino podem e devem pensar a tecnologia como meio para inovar a educação e as múltiplas oportunidades para um ensino-aprendizagem estimulante, engajador e rico para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e socioemocionais, tão necessárias para o mercado de trabalho.

Não se trata da tecnologia pela tecnologia, mas é necessário dar relevância ao uso delas nas escolas com contexto, significado e conectadas com o mundo real. “Os dados endossam o quanto a adoção de tecnologias na educação funciona, pois os jovens sentem diferença na vida e saem da escola ainda mais preparados para fazer a diferença no mundo”, conclui Guilherme Camargo. – Fonte e mais informações: (https://sejunta.com.br/).