Agência Brasil
Os ministros Edson Fachin e Celso de Mello, da Segunda Turma do STF, votaram pela condenação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, e de seu irmão, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Há quatro sessões, o colegiado julga o caso relacionado aos R$ 51 milhões em espécie encontrados em um apartamento em Salvador, em 2017. Até o momento, dois dos cinco votos dos integrantes da Turma foram proferidos.
Na sessão de ontem (15), somente o voto de Mello foi proferido. A previsão é que o julgamento seja finalizado na próxima terça-feira (22). Faltam votar os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. Ao se manifestar sobre o caso, Celso de Mello votou pela condenação de Geddel e Lúcio Vieira Lima por entender que os acusados ocultaram recursos no apartamento e investiram irregularmente cerca de R$ 12 milhões em uma construtora de imóveis de alto padrão na capital baiana.
Na sessão de 1º de outubro, o relator do caso, Edson Fachin, também votou pela condenação dos irmãos e pela absolvição do ex-assessor de Lúcio Vieira, Job Brandão, e do empresário Luiz Fernando Costa Filho, sócio da construtora que recebeu investimentos de Geddel. Além do dinheiro encontrado, mais R$ 12 milhões teriam sido lavados por Geddel e Lúcio por meio de investimentos em imóveis de alto padrão em Salvador, em empreendimentos da empresa Cosbat, administrada por Luiz Fernando Machado.
No início do julgamento, o advogado Gamil Föppel, representante da família, disse que Geddel está preso há dois anos e que o MPF nunca se conformou com a liberdade do ex-ministro. O advogado também criticou a perícia feita pela PF, que não teria seguido os trâmites legais ao encontrar fragmentos de digitais de Geddel em um saco de plástico que continha dinheiro.