Mais dois suspeitos de integrar a suposta organização criminosa, acusada de fraudar convênios do Ministério do Turismo com entidades do Sistema S, foram liberados pela Justiça Federal.
Com isso, dos dez presos em caráter preventivo, no âmbito da Operação Fantoche, apenas quatro seguiam detidos até o meio-dia de ontem (20).
O advogado e presidente do Instituto Origami, Hebron Costa Cruz, e a publicitária Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, ligada à agência Aliança Comunicação e Cultura, foram soltos no início da noite, após terem prestado depoimentos às autoridades responsáveis pela operação deflagrada pela Polícia Federal. Por determinação da 4ª Vara Federal de Pernambuco, também foram liberados o presidente da CNI, Robson Andrade, e os presidentes das federações das indústrias de Alagoas, José Carlos Lyra de Andrade; da Paraíba, Francisco de Assis Benevides Gadelha, e de Pernambuco, Ricardo Essinger.
De acordo com a PF, os seis presos já liberados têm idades avançadas e problemas de saúde, tendo, inclusive, que tomar remédios. “Em razão disso, a autoridade policial do caso foi consultada e achou viável a soltura desde que eles não voltassem a exercer as suas funções e não houvesse comunicação entre os investigados”. A exceção é Lina Rosa, solta por ter um filho pequeno. No seu caso, “a Justiça seguiu às orientações da súmula do STF”.
Mais de 40 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão temporária foram cumpridos, resultando na apreensão de veículos, notebooks, pen drives, discos rígidos, dólares e euros, além de documentos como notas fiscais, recibos e contratos de serviços. Além disso, investigados tiveram as contas bancárias bloqueadas por determinação judicial (ABr).