O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou na tarde de ontem (25), que, se eleito, não vai fechar a fronteira com a Venezuela.
Ele se comprometeu ainda em nomear um ministério “técnico”. Bolsonaro cobrou mais empenho dos parlamentares de seu grupo político – o PSL elegeu 52 deputados federais. “Do nosso pessoal eu quero mais empenho do que eles estão demonstrando agora. Em São Paulo, por exemplo, a preocupação número um não é eleger um ou outro candidato a governador, e sim somar votos para a nossa candidatura”.
Questionado sobre a situação da Venezuela, ele negou que pretenda tomar qualquer medida drástica. “Ninguém quer fazer guerra com ninguém. A Venezuela é uma coisa que não poderia deixar chegar onde chegou. É uma fronteira seca, não seria a melhor medida fechá-la. Temos de buscar maneiras, talvez junto à ONU, de fazer ali campos de refugiados, para buscar solução para o caso. O governo não pode dar as costas para a Venezuela”.
Sobre não estar apoiando nenhum candidato a governador, em alguns Estados como São Paulo e Rio, Bolsonaro afirmou: “Eu quero neutralidade porque não está garantida minha eleição no próximo domingo, e a eleição mais importante para quem está do meu lado é a minha, nos Estados que cada eleitor decida o melhor”. Caso seja eleito, Bolsonaro afirmou que seu primeiro ato vai ser “a nomeação de um ministério técnico, que realmente possa corresponder aos anseios do povo brasileiro e não de agremiações político-partidárias”.
Perguntado por um repórter se sabia que está programado para o próximo domingo um protesto LGBT na porta da sua casa, Bolsonaro retrucou: “Você pode ir lá”. Na sequência, começou a rir (AE).