Em tradução literal, “milk” significa leite e “rum” significa corrida, o que levaria ao termo “corrida do leite”.
Mas o nome do processo logístico relacionado ao abastecimento de suprimentos ou distribuição de materiais não é tão literal assim, ainda que tenha sido inspirado no processo de coleta e entrega de garrafas de leite na Inglaterra, quando um caminhão era responsável por levar o leite em determinados horários nas casas, recolher as garrafas vazias de dias anteriores e, depois do percurso completo, voltar para o ponto de partida.
De acordo com Helmuth Hofstatter, CEO e fundador da Logcomex, empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior por meio de uma plataforma completa end-to-end, ajudando gestores a planejar, monitorar e automatizar o seu supply chain, o milk run é um sistema logístico de materiais ou, até mesmo, uma forma de gerir o transporte e o estoque.
“Tudo é feito por um único veículo, responsável por diferentes coletas e pontos pré-definidos com objetivo de melhorar o controle de operações. Assim, quando pensamos “o que é milk run”, é esse conceito que precisa estar em mente”, afirma. Segundo o especialista, a logística milk run utiliza trajetos e horários agendados e, através de um único veículo, faz coletas em determinados pontos pré estabelecidos na rota. Após concluir essa primeira etapa — a de coleta — leva toda a mercadoria para o destino.
“É um sistema considerado simples, mas funcional e econômico, e seu grande objetivo é sincronizar todas as demandas com a oferta do fornecedor. Isso, é claro, seguindo um padrão de entrega e com tudo muito bem organizado com antecedência”, explica Hofstatter.
Diferente dos processos mais convencionais, onde o fornecedor entrega as mercadorias ao cliente que, por sua vez, depende da colaboração de todos os envolvidos, esse formato demanda mais sincronia e planejamento, já que são mais pessoas envolvidas em diferentes situações logísticas. “Um dos exemplos de milk run é a compra de produtos.
O veículo próprio sai em um determinado dia do mês, já roteirizado, e faz a coleta de suprimentos em diferentes fornecedores que prestam serviços ao responsável do armazém. Ao longo do dia, por meio da logística já estabelecida, segue para diferentes pontos”, diz o CEO da Logcomex.
Ele explica que a rotina desse serviço varia de acordo com a necessidade do contratante, já que é um recurso diferente do sistema tradicional, onde o fornecedor espera até o momento em que a carga de um veículo esteja cheia para realizar os envios.
“Ao considerar a implementação do milk run é preciso entender que a filosofia deste sistema é focada no ‘just-in-time’. Isto é, seguindo pontos de atuação que consistem em redução do estoque, maior frequência de abastecimento de suprimentos e mais integração entre as partes envolvidas, por exemplo”, ressalta.
Para Hofstatter, uma série de benefícios estão incluídos quando se opta pelo sistema milk run, como aumento do giro do estoque, economia no espaço de cargas e redução do tempo de operação. “Implementar estratégias como o sistema milk run é caminho para otimizar sua operação e conquistar ainda mais clientes para sua empresa.
Outro caminho para obter o mesmo resultado é ter uma prospecção estratégica e inteligente, captando receita não apenas de novos clientes como dos que já fazem parte da sua carteira”, complementa. Fonte: (https://www.logcomex.com/).
