O lucro líquido de R$ 3,92 bilhões registrado pela Caixa Econômica Federal no primeiro trimestre de 2019,
valor que corresponde a um crescimento de 23% na comparação com o primeiro trimestre de 2018, foi, segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, “surpreendente”.
Obtido graças ao aumento de receitas e à redução de despesas, não era esperado porque, de acordo com Guimarães, o banco ainda passava por reestruturação durante os dois primeiros meses do ano.
“Nem eu esperava esse resultado, porque em janeiro e fevereiro estivemos em reestruturação”, disse ontem (24), ao divulgar o balanço trimestral. Anunciou que o banco devolverá, até o final de julho, R$ 7 bilhões ao Tesouro Nacional, valor relativo aos empréstimos obtidos pelo banco junto ao órgão. A ideia é chegar a R$ 20 bilhões até o final do ano, amenizando consideravelmente a dívida de
R$ 40,2 bilhões que o banco tem com o Tesouro. O banco se precaveu de eventuais riscos decorrentes da recuperação judicial da Odebrecht, por meio de provisionamentos feitos no final de 2018 (ABr).