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Relação de preço entre etanol e gasolina fecha março em 77,54%

em Destaques
terça-feira, 05 de abril de 2016

A relação entre o preço do etanol e o da gasolina avançou 1,34 ponto porcentual entre fevereiro e março, passando de 76,20% para 77,54% na média mensal, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Essa equivalência segue no maior nível desde abril de 2011, quando foi de 80,80%.
Para o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, André Chagas, a tão temida marca de 80%, que estava perto de se concretizar, parece que ficou para trás, dado o início da colheita de cana-de-açúcar. “Além do começo da safra, os preços do açúcar dão sinais de alívio no atacado. Podemos ter resultados mais favoráveis, o que não significa que a relação entre os preços cairá rapidamente”, analisou.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
A presidente Dilma afirmou em entrevista na manhã de ontem (5), na Base Aérea de Brasília, que o governo não interfere no aumento ou redução do preço da gasolina e do óleo diesel e que esta é uma questão da Petrobras. “O governo não tem nada a ver com subir ou baixar o preço da gasolina”, disse. “O que eu acho interessante é o seguinte: toda vez que é para subir, o governo não deixa, toda vez que é para descer, o governo não quer. Então, fica difícil, viu. Fica muito difícil”. Notícias divulgadas na segunda-feira (4), informavam que a direção da Petrobras quer reduzir o preço dos combustíveis, mas que a decisão estaria gerando insatisfação no Conselho de Administração da empresa. Dilma não quis responder se o fato de mexer no preço da gasolina agora poderia abalar ou não a credibilidade da empresa (AE).