O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou ontem (20) que a rejeição da proposta de reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, por 10 votos a 9, não pode ser considerada uma derrota.
A proposta já havia sido aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos. Antes de ser votada no plenário, precisará do aval da Comissão de Constituição e Justiça.
“Não dá para entender como derrota. Cada comissão tem o seu perfil de análise de mérito. A gente respeita a decisão da comissão. A gente continua acreditando que o Senado tem noção da importância da reforma trabalhista”, declarou Nogueira ao negar que a base aliada do governo esteja desarticulada. “A base está firme, a base tem dado respostas que são interessantes tanto para o governo, quanto para o Brasil. Foi uma votação em uma comissão. Agora tem a CCJ, depois tem o plenário”, afirmou.
Para ele, a proposta “vai ser aprovada” e não retira direitos. “Quando a proposta estiver efetivada o trabalhador vai constatar que nenhum direito foi subtraído. O que vamos ter como resultado é segurança jurídica e criação de empregos”, defendeu ao afirmar que o governo está aberto ao diálogo com as centrais sindicais sobre a reforma, mas evitou falar sobre um possível recuo em relação ao fim da contribuição sindical, que é um dos pontos do projeto (ABr).