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Quer aprender a investir? Confira cinco dicas que você precisa conhecer

em Destaques
quinta-feira, 09 de abril de 2020

Walter Poladian (*)

Por muito tempo o mercado de investimentos era inacessível a grande parte da população. Para acessar bons investimentos era necessário ter grandes somas de dinheiro, dependia do gerente do banco e altos custos.

Esse cenário mudou. Ainda que muitas pessoas vejam como algo complexo, o fato é que investir bem não demanda muito dinheiro, nem muito tempo (plataformas online de investimentos) e é possível encontrar custos mais justos (existem corretoras que não cobram corretagem). Essas facilidades permitiram que mais usuários começassem a pensar em diversificar sua carteira de investimentos.

Confira cinco dicas essenciais para começar a investir:

1 – Busque conhecimento sobre o mercado financeiro – A educação financeira no Brasil ainda é precária. O cenário histórico do país, com juros altos, gerou uma comodidade em quem buscava investir – afinal, era possível obter bons retornos em ativos conservadores. Agora a situação mudou.

A boa notícia é que o avanço da internet permitiu um aumento do conteúdo disponibilizado sobre o assunto, com cursos, vídeos e dicas importantes. Isso permite entender o funcionamento do mercado financeiro antes de investir e, principalmente, compreender o seu perfil e os riscos que está disposto a correr em busca de seus objetivos.

2 – Invista gradualmente e sem pressa – Não coloque toda a quantia que você tem em ativos de risco logo no início. Se está começando agora, comece com pouco até para conhecer mais o mercado. Ganhe confiança nesse universo e, a partir daí, aumente os valores alocados. Essa tática evita riscos desnecessários que podem comprometer seus rendimentos, além de auxiliar na diversificação da carteira, item essencial para quem deseja ter lucros maiores no futuro.

3 – Monte sua reserva de emergência – Um bom investidor sabe que precisa dedicar parte de sua carteira para o que é conhecido como “reserva de emergência”. Isto é, investir em ativos de baixo risco e com liquidez, para atender despesas do dia a dia ou novas oportunidades que apareçam no caminho. Os fundos DI isentos de taxa de administração, por exemplo, são ótimas opções, uma vez que investem em títulos seguros (Tesouro Selic) e permitem resgate no mesmo dia, oferecendo ganhos acima da poupança e da conta corrente.

4 – Não fique preso apenas à renda fixa – O Brasil vive um cenário de recuperação econômica e com os juros (Selic) no menor patamar histórico, o que favorece ativos de risco. Assim, é ideal que, aos poucos, os usuários comecem a aplicar em produtos mais sofisticados. Inicie, por exemplo, com fundos multimercados, que mesclam renda fixa e variável. Em seguida, com apoio de profissionais, compre ações, fundos imobiliários e dólar.

5 – Conte com a tecnologia para lhe ajudar na gestão – Vimos que o acesso ao mercado financeiro está sendo democratizado. Não é preciso muito dinheiro e pode ser feito de qualquer lugar do mundo graças à Internet. Mas a diversificação dos recursos em diferentes classes de ativos e em diferentes instituições financeiras pode dificultar o acompanhamento e controle do patrimônio.

Entrar no site de cada instituição financeira e classificar seus investimentos em uma planilha de excel pode dar trabalho e tomar muito tempo. Visando solucionar este problema, existem aplicativo que consolidam investimentos de diferentes bancos e corretoras de forma automática, permitindo que o usuário tenha todas as informações importantes em um só local, facilitando sua tomada de decisão.

(*) – CFP® é sócio-fundador do Fliper (https://fliper.app/).