O mercado acompanha com atenção a movimentação e as projeções para o cenário de crédito no Brasil. A Febraban projetou um crescimento de 8,2% para a carteira de crédito em 2023, uma retração em relação aos anos anteriores (2020 — 15,6% e 2021 — 16,3%). No entanto, em paralelo, ainda em 2022 observamos um crescimento do crédito para pessoas físicas e PMEs.
Também é preciso considerar o open finance, que flexibiliza a entrada de novos players no mercado financeiro e amplia o portfólio de produtos e serviços. De olho nesse cenário, as instituições financeiras precisam se preparar para atender as demandas de crédito, que devem crescer e, ao mesmo tempo, para se resguardar de possíveis inadimplências, considerando as incertezas do cenário macroeconômico.
“As instituições financeiras já disponibilizam, em poucos passos por meio do internet banking ou em aplicativos, o acesso dos clientes e usuários à solicitação de crédito. Na visão do cliente, é preciso que as instituições respondam — seja positiva ou negativamente — rapidamente àquele pedido.
Para isso, vários detalhes precisam ser checados para que o cliente receba o melhor retorno e a instituição reduza riscos de inadimplência e garanta a sua saúde financeira”, explica Michel Varon, diretor de Crédito e Risco da Dimensa, empresa referência em tecnologia e infraestrutura para operações financeiras.
Para dar uma proporção do crescimento do mercado de crédito no país, Michel afirma que, em 2022, a plataforma de análise de crédito da Dimensa avaliou 228 bilhões em operações de crédito, contra 33 bilhões em 2021. “Podemos esperar um crescimento exponencial de avaliações e concessões de crédito em 2023”, complementa.
Em um mercado em ebulição, existem caminhos para que as instituições de crédito se mantenham seguras. Confira abaixo quatro passos para a mitigação de riscos na concessão de crédito:
- Análise cadastral e histórico do perfil – Hoje, a entrada de novos clientes em instituições financeiras digitais está muito mais simplificada. É preciso investir em tecnologias de verificação e checagem de documentos, que consultam e cruzam os dados do potencial cliente com centenas de fontes públicas para uma análise de crédito completa.
- Uso de Inteligência Artificial – A Inteligência Artificial também é uma realidade no setor financeiro e pode simplificar muito o dia a dia do mercado de crédito. Ferramentas baseadas em IA reúnem rapidamente grandes volumes de dados de diferentes fontes e fazem recomendações ou, de forma automática, concedem o crédito com base em parâmetros pré-estabelecidos.
“Com Inteligência Artificial, é possível analisar um enorme volume de diversas informações em segundos, o que torna o processo de análise e concessão de crédito ainda mais rápido e, sobretudo, seguro”, explica o executivo da Dimensa.
- Monitoramento de pós-crédito – No mercado de crédito, o relacionamento da instituição com o cliente não pode terminar no momento da aprovação do crédito. E neste ponto, a tecnologia pode novamente ser a chave de uma relação mais segura.
A partir de ferramentas tecnológicas de Business Intelligence e Inteligência Artificial é possível analisar se as condições observadas no momento da concessão do crédito permanecem válidas depois do valor disponibilizado. Com base em um monitoramento automático das informações atualizadas dos usuários e nas atividades financeiras deles, a instituição consegue obter alertas e notificações em caso de movimentações suspeitas ou possíveis inconsistências, para que possa ajustar qualquer rota, se necessário.
- Visão holística – A tecnologia para gestão e análise de crédito também proporcionam de maneira rápida, completa e segura a visualização e monitoramento de todos os dados e informações de crédito já realizados, gerando relatórios em poucos cliques que podem ajudar a instituição no caso de apresentações para os comitês de crédito.
“Essa visão, a partir de dashboards e indicadores automáticos, que geram relatórios de acompanhamento, faz com que a gestão de todos os processos seja ainda mais segura e correta. É imprescindível que as instituições financeiras deste mercado invistam no monitoramento recorrente para garantir uma gestão sustentável de crédito”, finaliza Michel Varon. – Fonte e outras informações: (https://dimensa.com/).