No contexto econômico do Brasil, marcado por dinâmicas complexas, é essencial compreender não apenas os números e estatísticas, mas também as nuances por trás deles. Um dos aspectos mais cruciais da saúde financeira individual e coletiva é a distinção entre endividamento e inadimplência.
Conforme revelado pelo último levantamento do Serasa, realizado em dezembro de 2023, mais de 43% dos brasileiros enfrentam atrasos em suas obrigações financeiras, totalizando uma dívida coletiva que ultrapassa os R$367 bilhões. Além disso, os dados mais recentes indicam que mais de 70 milhões de brasileiros permanecerão inadimplentes até o final deste ano.
Esses números não apenas evidenciam a extensão do desafio financeiro enfrentado por muitos cidadãos, mas também destacam a importância de políticas e estratégias que promovam a educação financeira e ofereçam suporte para lidar com essas questões de maneira eficaz.
Nesse contexto, o especialista Maurício de Faria, comercial do Grupo KSL – especialista em cobrança amigável e jurídica, atuando também em serviços de Contact Center e relacionamento – explora as diferenças entre endividamento e inadimplência, esclarecendo as principais dúvidas.
“A pessoa endividada é aquela que tem dívidas mas não está em atraso, ou seja, possui recursos para pagar mensalmente”, explica o Mauricio. “Já o inadimplente é aquele que deixou de pagar suas parcelas ou dívidas. Este não tem mais condição financeira para arcar com as promessas de pagamento que fez”, acrescenta.
Em suma, quando alguém está endividado, significa que possui um compromisso financeiro, como um empréstimo bancário, porém mantém um plano de pagamento regular e consistente, utilizando seus recursos para quitar essa dívida. Por exemplo, ao obter um empréstimo em um banco e estabelecer um cronograma de pagamentos mensais, a pessoa endividada demonstra capacidade e intenção de honrar seus compromissos financeiros.
Por outro lado, a inadimplência ocorre quando o devedor não cumpre com suas obrigações financeiras dentro do prazo estabelecido, o que pode resultar em consequências negativas, como juros adicionais e impactos na sua reputação creditícia. Logo, enquanto o endividamento reflete uma situação gerenciável em que o devedor mantém um plano de pagamento, a inadimplência representa uma falha nesse compromisso, com potenciais repercussões financeiras adversas.
O especialista explica que o endividamento ocorre por falta de organização financeira, desemprego ou problemas de saúde. A situação leva a impactos na vida financeira e pessoal de um indivíduo, uma vez que, quando alguém se vê sobrecarregado por dívidas, gera-se estresse financeiro junto a uma série de consequências adversas.
Em termos financeiros, o não pagamento de dívidas pode resultar em juros acumulados, penalidades e até mesmo ações legais por parte dos credores. Além disso, a qualidade de vida pessoal pode ser afetada à medida que a pessoa se depara com dificuldades para pagar contas básicas e manter um padrão de vida desejado. A saúde mental também pode ser impactada, com sentimentos de ansiedade, estresse e autoestima reduzida.
No caso da inadimplência, a situação é outra – “As consequências envolvem o pagamento de juros e encargos, além do indivíduo ficar ‘rotulado’ no mercado financeiro, adquirindo problemas para ter mais créditos”, esclarece Mauricio. De acordo com o especialista, para evitar essa situação, é necessário um controle financeiro e uma organização plena da quantidade disponível de receita e despesas.
Como lidar? – No caso do endividamento, a prioridade é estabelecer um plano de pagamento viável e realista. Isso pode envolver a renegociação dos débitos com os credores, a consolidação de dívidas ou a busca por fontes adicionais de renda. Controlar todos os gastos bem como acompanhar taxas de juros para analisar se é viável comprar algo são medidas válidas.
Além disso, é fundamental adotar hábitos financeiros saudáveis, como criar um orçamento e evitar novas dívidas. Por outro lado, quando se trata de inadimplência, é essencial agir rapidamente para resolver a situação. Isso pode incluir entrar em contato com os credores para negociar formas de pagamento alternativas, como parcelamentos ou reduções de juros.
Buscar orientação financeira profissional também pode ser benéfico para desenvolver estratégias personalizadas de recuperação financeira. – Fonte e mais informações, acesse: (https://grupoksl.com.br/).