Mais de quatro milhões de pessoas físicas investem na Bolsa de Valores do Brasil (B3) — um crescimento de cerca de 80% em relação a 2018, que apresentou um total de 814 mil. Os dados são da assessoria da B3 e mostram que os brasileiros estão mais interessados por essa alternativa de investimento. Apesar de a alta da taxa básica de juros Selic favorecer a rentabilidade dos títulos de renda fixa, a Bolsa de Valores segue atraindo novos investidores.
Na avaliação da própria B3, a movimentação pode ser explicada pela disseminação dos conhecimentos em educação financeira. A área de estudos orienta sobre a importância de investir para garantir o equilíbrio das finanças e uma vida mais tranquila. Para isso, explica como funciona o mercado financeiro, quais são os tipos de investimentos disponíveis e como selecionar as melhores opções conforme seus objetivos.
Ao compreender mais sobre o universo dos investimentos, as pessoas passam a reconhecer as vantagens oferecidas pela Bolsa de Valores. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) elencam algumas delas.
Ao contrário do que muitos imaginam, a Bolsa de Valores não se restringe aos investimentos em ações. Há várias opções que podem atender diferentes perfis e interesses dos investidores.
Além das ações de várias empresas, a Anbima destaca que é possível investir em câmbio, certificados de depósitos de valores mobiliários (BDRs), criptomoedas, derivativos, fundos de ações, fundos de índice (ETFs), fundos de investimentos imobiliários (FIIs) e fundos multimercados.
. Maior possibilidade de retorno financeiro – Os investimentos disponíveis na Bolsa de Valores integram a renda variável. A Abefin explica que a modalidade é considerada mais arriscada do que a renda fixa ou a caderneta de poupança. No entanto, possibilita um retorno financeiro mais alto.
. Opções para todos os bolsos – Uma informação equivocada, mas que o conhecimento sobre o universo dos investimentos contribui para desmistificar, é a ideia de que a Bolsa de Valores é restrita a grandes investidores. Dados do mercado financeiro revelam que há opções de investimentos para todos os bolsos. É possível encontrar ações e cotas de fundos com valores acessíveis.
Para se ter ideia, em agosto, as ações da Gol Linhas Aéreas Inteligentes (GOLL4), Via Varejo (VIIA3), brMalls (BRML3) e da Companhia Paranaense de Energia (CPLE6) integravam a lista de ativos com valor abaixo de R$ 10.
. Oportunidade de ser sócio de grandes empresas – A Bolsa de Valores tem mais de duas mil empresas listadas. Quando o investidor adquire ações, torna-se sócio da companhia, ou seja, passa a ter participação nos lucros. Investir em ações é, portanto, a oportunidade de ser sócio de grandes empresas, como Azul Linhas Aéreas (AZUL4), Ambev (ABEV3), Banco do Brasil (BBAS3), Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
. Alternativas menos arriscadas para iniciantes – Embora a renda variável inclua operações mais arriscadas em comparação com a renda fixa, os investimentos têm diferentes níveis de risco. Nesse sentido, quem está ingressando na modalidade pode optar por alternativas consideradas mais seguras.
Na avaliação da Abefin, os FIIs e os ETFs podem ser considerados uma porta de entrada para a Bolsa de Valores. Além de contar com uma gestão profissional — o que ajuda o investidor iniciante —, oferecem menor risco de perda financeira. No caso dos FIIs, os riscos estão associados aos investimentos em imóveis, como taxa de vacância, inadimplência do inquilino e depredação da unidade.
Já os ETFs têm natureza diversificada, pois são compostos por diferentes ativos atrelados a um índice de referência. Por conta disso, há o maior equilíbrio entre perdas e ganhos.
. Oportunidade de diversificar a carteira de investimentos – Criar uma carteira de investimentos diversificada é a principal estratégia recomendada por especialistas do mercado financeiro para aumentar e proteger o patrimônio. A Anbima alerta sobre a importância de o investidor conhecer o seu próprio perfil antes de definir como investir.
A Associação destaca, no entanto, que o perfil deve apenas nortear a distribuição dos recursos, uma vez que não é aconselhável aplicar todo o dinheiro em apenas um só produto ou uma modalidade. Por isso, a Bolsa de Valores deve ser considerada na hora de criar a estratégia de diversificação.
Fonte e mais informações: (www.anbima.com.br) e (https://abefin.org.br/).