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PT perdeu 24 prefeitos e 186 vereadores em São Paulo

em Destaques
segunda-feira, 04 de abril de 2016

Desde meados do ano passado, quando a crise política se aprofundou, até o dia 2 de abril, fim do prazo legal para mudança partidária, 24 prefeitos do Estado de São Paulo trocaram o PT por outras legendas.

O número corresponde a exatamente um terço (33,3%) dos 72 prefeitos eleitos pelo partido no Estado em 2012. Além disso o PT perdeu 186 (28%) dos 664 vereadores que elegeu no Estado. Vários deles eram vistos como possíveis candidatos do partido na disputa por prefeituras importantes. O caso mais vistoso é o de Carapicuíba, cidade com mais de 270 mil eleitores, governada pelo PT há oito anos, onde o presidente da Câmara e pré-candidato a prefeito, Abraão Junior, trocou o partido pelo PSDB para disputar a eleição de outubro.
A maioria dos prefeitos que deixaram o PT governada pequenas ou médias cidades. A principal baixa foi o prefeito de Osasco, Jorge Lapas, que trocou a sigla pelo PDT. Osasco é o quinto maior colégio eleitoral de São Paulo com 548 mil eleitores. O motivo alegado, na maioria dos casos, é o forte sentimento antipetista manifestado por setores do eleitorado desde o aprofundamento das crises política e econômica que têm como protagonista o governo Dilma Rousseff e as revelações feitas pela Operação Lava Jato. Na carta em que justificou sua desfiliação, Lapas citou o “momento delicado pelo qual o PT está passando no cenário nacional” como uma das razões que o levaram a sair do PT.
Outro motivo alegado por Lapas é a “desunião e fragilidade resultantes da disputa interna” no partido. Sem citar nomes, uma das alegações de Lapas dizia respeito ao ex-deputado João Paulo Cunha, que até o início de março cumpria pena em prisão domiciliar, em Brasília, por envolvimento no mensalão. Lapas reclamou a adversários que João Paulo estaria jogando o PT local contra a prefeitura por não ter espaço para indicação de cargos na administração municipal (AE).