As promessas do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estão muito elevadas, e ele não vai conseguir entregá-las.
Essa é a avaliação do ex-presidente do Banco Central e sócio-fundador da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, que participou na manhã de ontem (9) do 22º Fórum Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis.
De acordo com Franco, o Brasil terá, neste ano, um “prejuízo total do setor público da ordem de 8% do PIB”. O problema, segundo o economista, é que, além da dívida pública excessiva, o governo “finge que isso (o alto endividamento) não existe”. Ele afirmou que, a partir do Plano Real, o governo conseguiu regularizar as dívidas da União, Estados e municípios, e o País passou a ter superávit primário da ordem de 3% do PIB entre 1998 e 2008. “Crescemos e isso permitiu que a taxa de juros caísse. Mais dez anos desse comportamento virtuoso e o País teria chegado a uma taxa de juros de 4% ao ano e um nível de endividamento muito menor”, afirmou.
Para Franco, a trajetória negativa começou em 2008, quando o governo entendeu que tinha de tomar medidas anticíclicas, mas não soube parar (AE).