O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse ontem (31), que vários cenários para a idade mínima estão sendo levados em consideração na formulação da nova proposta de reforma da Previdência, mas que ainda não houve decisão final sobre o tema.
A tendência é que as idades mínimas finais, após a transição, fiquem nos mesmos patamares do texto que já está no Congresso (62 anos para mulheres e 65 anos para homens), mas há no governo quem defenda o fim da diferenciação e idade de 65 anos para ambos.
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, afirmou na quarta-feira (30) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia indicado em reunião com os prefeitos para a possibilidade de as idades mínimas propostas ficarem em 57 anos para mulheres e 62 anos para homens, como citado pelo presidente Jair Bolsonaro em uma entrevista. “O que o ministro falou foi que vários cenários foram levados em consideração, inclusive esse, mas não está fechado”, disse Marinho.
Marinho esteve ontem na sede do Ministério da Economia reunido com Guedes e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz. O objetivo da reunião foi o de discutir a estratégia de comunicação para a reforma da Previdência e decidir quem serão os principais porta-vozes para a proposta. O secretário também reafirmou que os militares integrarão a proposta de reforma.
Marinho também discutiu ações que o INSS deve adotar para auxiliar famílias desabrigadas após a tragédia em Brumadinho. A ideia é anunciar as medidas hoje (1º). “O INSS deve fazer uma ação em relação a Brumadinho, para os desabrigados daquela região”, afirmou, citando possibilidade de atuar em concessão de benefícios e abono. Ele evitou dar detalhes (AE).