O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reafirmou ontem (16), em Washington, que não há otimismo quanto à aprovação da reforma da Previdência em fevereiro.
Em discurso na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, Maia disse que mudar a legislação previdenciária no Brasil não será fácil, apesar de a reforma ser necessária para atrair investimentos.
Segundo Maia, a composição da base aliada ao governo caiu de 360 deputados para 250, depois da votação das denúncias na Câmara. “Neste momento, a gente prioriza a agenda da reforma da Previdência sem nenhum tipo de otimismo, sem nenhum discurso em que a gente diga que esta é uma matéria que estará resolvida em fevereiro de 2018”, disse aos empresários. Maia criticou a decisão da Justiça Federal em suspender a nomeação e posse da deputada Cristiane Brasil como ministra do Trabalho.
“Não é fácil, e nós temos problemas na relação entre Judiciário e Executivo. Algumas decisões do presidente têm sido barradas pelo Judiciário, o que é grave. Isso também atrapalha a reforma da Previdência. Estamos, desde o dia 3, sem conseguir nomear a ministra do Trabalho. Isso sempre gera dificuldades e atrasa a capacidade de articulação do governo”, declarou Maia, que participa, até amanhã (18), de encontros oficiais com autoridades, políticos e empresários nos Estados Unidos e México (ABr).