Marcelo Horta (*)
Você já usou uma criatividade Rich Media? Se sim, eu duvido que tenha usado todo seu potencial. Por definição, Rich Media é um termo da publicidade digital que define um anúncio composto por diversos recursos avançados, que podem ser pensados de diferentes maneiras, como vídeos, imagens, jogos etc.
O grande objetivo ao utilizar um formato como esse é incentivar os usuários a interagirem e se engajarem com o conteúdo. Além disso, as possibilidades de medição trazem insights interessantes sobre o seu público. Quantas expansões foram feitas? Quantos vídeos foram assistidos? Quantos downloads realizados? E por aí vai.
Fora as métricas tradicionais, todas essas outras medições mais precisas provam a maior vantagem em produzir um formato como esse: a interatividade. Quando bem feita, uma experiência em Rich Media torna-se envolvente, responsável por aumentar as taxas de conversões, cliques e visualizações. E é aqui que eu volto a te perguntar: Você já usou uma criatividade Rich Media? Se sim, será que utilizou todo o seu potencial?
A Kwikturn Media, agência americana, construiu um infográfico interessante que elege dez pontos super relevantes sobre a importância do conteúdo visual. Entre esses dez, elegi três que, a meu ver, são essenciais:
• 90% das informações transmitidas ao cérebro são visuais;
• O cérebro processa informação visual 60 mil vezes mais rapidamente do que informação em texto;
• 40% das pessoas respondem melhor às informações visuais do que textuais.
E se você não acha que Rich Media pode ser um formato para conteúdo. Bom, voltamos à primeira linha desse texto.
Que esse tipo de tecnologia chama atenção e tem um potencial enorme ainda a ser explorado, é inquestionável. Porém, outro ponto é: quem são os parceiros que você escolhe no momento de construir uma estratégia Rich Media?
Selecionar bem e garantir uma execução de qualidade são tão fundamentais quanto querer inovar. O seu parceiro tem know-how em desenvolvimento? É inovador? Se preocupa em ser user friendly (que é de fácil compreendimento e não é intrusivo)? Possui cases de sucesso?
Recomendo que esses sejam os primeiros itens que o seu checklist deva conter e que todos estejam checked ao final.
Vale trazer a essa discussão mais dois aspectos importantes quando pensamos em Rich Media: a conectividade brasileira e o perfil do consumidor, cada vez mais ávido por novidades e cansado do tradicional.
Estamos falando sobre pessoas que crescem dia após dia sua participação na cadeia digital. Hoje, o número de brasileiros conectados já é superior a 70%, somando mais de 120 milhões de usuários, segundo a Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação).
E também de uma realidade que não faz muito tempo era apenas uma tendência. Estamos na era dos digital natives. Pessoas que já nasceram em meio a tecnologia, tendo aparelhos eletrônicos presentes em seu desenvolvimento biológico e social.
Esses elementos, que unem conectividade ascendente com as características dessa geração, refletem o tamanho do mercado em potencial para ações de engajamento que as marcas têm à disposição. Agora, é a hora de investir com inovação e criatividade.
*Marcelo Horta é Head de Client Services & Marketing na Smartclip Brasil