Senadores, deputados e ministros manifestaram-se ontem (11), sobre os 76 inquéritos abertos pelo ministro do STF, Edson Fachin, para investigar políticos com foro privilegiado citados nas delações de ex-executivos da Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato.
O Supremo ainda não divulgou a lista oficial com os nomes dos investigados. Porém, mais cedo, o jornal O Estado de S. Paulo divulgou os nomes que seriam da lista. Conforme o jornal, nove ministros, 29 senadores e 42 deputados, estariam entre os investigados.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse em nota que sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Já o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que considera importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, pois “assim será possível desmascarar as mentiras”. O líder do PMDB no Senados, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a abertura dos inquéritos permitirá que ele possa “exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em vazamentos seletivos de delações”. O senador petista Lindbergh Farias (RJ) disse confiar que as investigações irão esclarecer os fatos.
O senador José Agripino Maia (DEM-RN) disse que se coloca “à disposição da Justiça para colaborar com as investigações”. A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) afirmou que não foi oficialmente comunicada e tampouco teve acesso à investigação. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que as doações feitas para suas campanhas “foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral”.
O ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse que não comentará as informações divulgadas. Já o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse que está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, informou que também não irá se manifestar e que há “zero possibilidade de ter envolvimento com qualquer irregularidade” (ABr).