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Pix: a tendência é que surjam novas evoluções

em Destaques
quarta-feira, 27 de novembro de 2024

De acordo com estimativa da Febraban, o Pix terá um aumento de movimentação de 58,8% neste ano, comparado a 2023, somando R$ 27,3 trilhões. Só até o dia 30 de setembro, a ferramenta já tinha ultrapassado os números do ano passado, chegando a 45,7 bilhões de transações e R$ 19,1 trilhões.

Além disso, em novembro o Pix implementou novas regras para sua usabilidade, como a limitação de valores a serem transferidos por celulares e computadores novos ou não cadastrados, visando diminuir possíveis golpes. Ainda, a partir de fevereiro de 2025 será possível utilizar a ferramenta por aproximação, como já acontece com os cartões de débito e crédito.

Para Juan Ferrés, economista e CEO da Teros, empresa especializada em automação inteligente de processos via Mundo Open, o sucesso da modalidade acontece por três motivos: “O primeiro é o gap de demanda, onde a adesão foi explosiva para o B2B e agora para o B2C. O segundo é o fato de ele ser universal, o que dá uma facilidade de acesso.

E o terceiro, ainda mais importante, é a jornada única. O Banco Central colocou que na regra do arranjo de quem quisesse fazer um Pix tinha que seguir sempre a mesma jornada. Em um país que há muitos casos de fraude, ter a mesma jornada te dá segurança e isso é repassado ao cliente”.

Com a chegada das novas regras, o especialista acredita que o sucesso será ainda maior, sendo positivo para os consumidores, e a tendência é evoluir cada vez mais, principalmente pelas novas funcionalidades que o Banco Central está destravando, sobretudo em paralelo com o Open Finance.

“Não tenho nenhuma sombra de dúvida de que as novas regras vão expandir o uso do Pix para segmentos acionais de pagamentos que, hoje, estão bloqueados em outras formas, o que também vai acirrar a competição. E vai ser rápido; a minha impressão é que vai ser muito rápido”, ressalta Ferrés.

Quando se trata de possíveis novas variações da ferramenta, o especialista acredita que vão seguir surgindo e os indícios acontecem desde já com players em carteiras digitais que já estão criando soluções com o Pix. O Pix parcelado no cartão, por exemplo, mostra uma operação em que o consumidor consiga aproveitar uma ação à vista de um desconto, mas pagando parcelado com a fatura do cartão de crédito.

“Tem uma série de tendências que vão fazer com que tenha um ecossistema muito mais eficiente e customizável de pagamentos, e isso vai fazer com que o próximo desafio seja que lojas e empresas vão fazer as regras do seu arranjo.

Essas evoluções vão ser tanto do lado do Estado, como proprietário do arranjo Pix do Banco Central, mas vão vir muito do lado privado combinando soluções de Open Finance, Drex e as próprias modalidades de Pix para criar novas formas híbridas de pagamento que atendam a diferentes situações.

Isso tende a ter um ganho gigantesco no mercado, aumentando a eficiência para empresas e do varejo, assim como melhorando a experiência de uso”, finaliza o CEO da Teros. – Fonte: (https://teros.com.br/).