“Ninguém está preparado para a morte”, essa frase se faz presente constantemente na vida das pessoas. Falar sobre isso é, na maioria das vezes, muito difícil, e ainda pode ser considerado um tabu. Assim como falar sobre dinheiro e finanças. Se juntar os dois assuntos, morte e dinheiro, a conversa pode se tornar ainda mais complexa e, inclusive, gerar bastante polêmica, pois ambas trabalham com o conceito de “finitude”.
No entanto, é preciso lembrar que a morte é inevitável e imprevisível, e todo patrimônio construído em vida exigiu esforço e trabalho, e, por conta disso, é importante pensar para onde os bens conquistados serão destinados após o falecimento de seu provedor, além do bem-estar daqueles que ficam. Para isso, existe o planejamento sucessório.
Segundo a Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, instituição que emite a certificação CFP® no Brasil, o planejamento sucessório é a organização prévia realizada para que a transferência do patrimônio entre gerações ocorra da melhor forma possível, buscando atender os interesses pessoais e familiares, respeitando os limites legais.
Os planejadores financeiros certificados apontam que as pessoas começam a se interessar pelos aspectos sucessórios em diferentes situações, como quando estão em idade mais avançada, com doença grave, ou quando nascem os filhos. “Nesses casos, o planejamento sucessório contribui para garantir o sustento dos familiares, quando o pior lhes acontecer”.
É importante ressaltar que, quanto mais complexo o patrimônio e a estrutura familiar, mais relevante se torna o planejamento sucessório. Mas cada planejamento deve ser feito de forma personalizada para cada indivíduo. Com o planejamento sucessório é possível reduzir os custos do inventário e a carga tributária, em algumas situações, e também fazer com que as transmissões de patrimônio entre gerações sejam realizadas de forma mais eficiente do ponto de vista fiscal, facilitando o procedimento para que os dependentes e herdeiros consigam receber o que é seu por direito, contribuindo para o bem-estar financeiro e emocional.
“O planejamento sucessório também é um ato de empatia e amor, pois há a preocupação com as pessoas que dependem da renda de um provedor”. De acordo com a Planejar, as formas mais comuns de planejamento sucessório são: testamento, doação em vida, previdência privada, seguros de vida, criação de empresas (holdings) e fundos de investimentos. Porém, “cada uma tem suas particularidades, vantagens e desvantagens, e precisam ser estudadas profundamente antes de qualquer decisão”.
É recomendável que o planejamento seja revisado periodicamente para que os objetivos estejam sempre alinhados com os contextos de vida que mudam ao longo do tempo. Assim como as regras de sucessão que podem sofrer alterações. Para fazer esse planejamento e tomar as melhores decisões, a Planejar indica que o indivíduo busque mais informações, identifique os objetivos para o seu patrimônio, e busque auxílio de um profissional, como um planejador financeiro CFP®.
Fonte e mais informações: (www.planejar.org.br).