O papa Francisco fez um apelo a favor do reconhecimento dos direitos humanos, cuja declaração universal completou ontem (10) 70 anos.
De acordo com o líder católico, apenas parte da humanidade tem seus direitos reconhecidos. “Enquanto uma parte da humanidade vive na opulência, uma outra vê a própria dignidade desconhecida, desprezada ou espezinhada, com seus direitos fundamentais ignorados ou violados”, disse Francisco.
A mensagem foi enviada aos participantes da Conferência Internacional sobre os Direitos Humanos, realizada pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, e questiona se a dignidade de cada um é ‘reconhecida, respeitada, protegida e promovida em toda circunstância’.
“Várias contradições nos fazem questionar se realmente existe igualdade no reconhecimento da dignidade de todos os seres humanos, como prevê a declaração solenemente proclamada há 70 anos”, afirmou Francisco.
Como exemplos, Jorge Mario Bergoglio citou “os fetos que têm o direito de vir ao mundo negado,aos que não tem acesso aos meios indispensáveis para uma vida digna, os que são excluídos do direito à educação adequada, os que injustamente são impedidos de trabalhar ou forçados a trabalhar como escravos, os que são detidos em condições desumanas, os que sofrem tortura, e as vítimas de desaparecimentos forçados e seus familiares”.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que delineia os direitos humanos básicos, foi adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948. Foi esboçada principalmente pelo canadense John Peters Humphrey, contando, também, com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo (ANSA).